Por todo o país ainda estão por aprovar os cursos profissionais que serão lecionados no próximo ano letivo. A Ensiguarda – Escola Profissional da Guarda não é exceção e também aguarda por indicações da tutela sobre a oferta formativa no próximo ano letivo. Enquanto isso, acumulam-se listas de espera. A escola tem aceite inscrições de potenciais alunos para os cursos que já funcionavam no ano passado, «mas sem garantia que realmente sejam aprovados», confirma a diretora pedagógica da instituição, Tânia Trindade.
No entanto, como os cursos foram autorizados no ano letivo que agora encerrou, os responsáveis da Ensiguarda acreditam que os mesmos terão aval positivo no próximo ano. Tânia Trindade explica que «estes atrasos por parte do Ministério da Educação já vêm sendo recorrentes», o que, «infelizmente, começa a ser visto como normal». Este ano a escola apresentou uma proposta para um novo curso, de Mecatrónica, mas devido à ausência de respostas por parte da tutela o mesmo não vai abrir. «Não queremos correr o risco de estar a oferecer um curso que ainda não temos qualquer informação se poderá abrir», explicou. Nos últimos dez anos o número de inscritos no ensino profissional em Portugal tem aumentado significativamente. Em 2014 estavam matriculados 177 mil jovens, dois terços do total de alunos do ensino secundário.
Numa altura em que a procura desta área de ensino parece não parar de crescer, a Ensiguarda vai investir na ampliação das suas instalações, na Rua Comandante Salvador do Nascimento, que terão um valor de 250 mil euros. A Escola Profissional da Guarda pretende construir dois novos blocos adjacentes ao edifício principal da escola. Um dos pavilhões destina-se a acolher um centro de convívio para os estudantes e o outro será um espaço multiusos, que permitirá acolher reuniões alargadas ou outras atividades relacionadas com o funcionamento da instituição. O objetivo é que as novas instalações estejam já prontas para entrar em funcionamento em setembro, altura em que começa o novo ano letivo, no entanto as obras estão ainda dependentes de uma autorização já apresentada na Câmara da Guarda. «Mas estas coisas levam o seu tempo», acrescenta a diretora pedagógica.
Para o próximo ano letivo, «mantemos as mesmas turmas, o mesmo número de alunos e, portanto, temos que dar cada vez melhores condições», referiu à agência Lusa o diretor da Ensiguarda, João Raimundo. Para o próximo ano a oferta formativa passa pelos cursos de Técnico de Saúde, Técnico de Multimédia, Técnico de Manutenção Industrial e Eletromecânica, Técnico de Comunicação – Marketing e Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos.
Ana Eugénia Inácio 
