Os enfermeiros do Hospital Sousa Martins manifestaram-se, terça-feira, junto à sede da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS), em Coimbra. O protesto destinou-se a exigir a renovação dos contratos que terminam no final deste ano.
Segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), esta decisão do Governo em dispensar 52 enfermeiros na unidade guardense pode levar à ruptura de vários serviços. O Decreto-Lei nº 276-A/2007, de 31 de Julho, não permite a renovação dos contratos a termo certo, sendo que, em vez dos habituais períodos de três meses e consequente possibilidade de renovação, os contratos passam a ser de um ano, mas sem opção de poderem ser renovados. O SEP considera que as situações mais preocupantes poderão vir a verificar-se, já este mês, nos serviços de Medicina B, onde do total de 19 enfermeiros, 12 são contratados, Medicina A (12 em 20), Pneumologia (11 contratados), Ortopedia Mulheres (quatro) e Ortopedia Homens (quatro). No entanto, o caso mais preocupante verifica-se na Pneumologia, onde há mais enfermeiros contratados, sendo que quatro deles terminam o contrato em Setembro.
Na terça-feira o sindicato reuniu com os responsáveis da ARS, que desconheciam o despedimento de quatro enfermeiros na Sub-região de Saúde da Guarda. Um assunto que vai ser averiguado, já no caso do hospital ficou marcada uma reunião com Fernando Girão, presidente do Concelho de Administração, para encontrar uma solução para a continuidade dos enfermeiros. Entretanto, na semana passada, a administração do Sousa Martins conseguiu evitar o despedimento de seis enfermeiros, cujo contrato terminava no final de Agosto. O SEP está contra a nova lei e exige que a renovação dos contratos seja feita de forma automática.