O Conselho Empresarial do Centro (CEC) aprovou, no sábado, em Pombal o Pacto para a Nova Centralidade. O desafio, debatido no âmbito da convenção empresarial, pretende que a região se torne uma das mais competitivas do país, traçando metas para 2015, nomeadamente o aumento do seu contributo em 25 por cento para o Produto Interno Bruto (PIB), quando é actualmente de 19 por cento.
Almeida Henriques, presidente do CEC, lembrou ainda que «20 por cento das maiores empresas do país» estão no Centro, mas para o Pacto ter êxito é «fundamental que a região esteja organizada, com prioridades bem definidas». Para isso, é necessário apostar na qualificação de pessoas, empresas e das organizações da região, «que permita a entrada e a competição com sucesso em cadeias de valor mais elevadas», defendeu. Nesse sentido, sublinhou a importância da contratualização com o CEC de uma rede de formação de recursos humanos. No entanto, a afirmação de «um Centro competitivo passará também pelo apoio a uma estratégia que incremente a inovação nas empresas, aumentando o número de núcleos de inovação já existentes – actualmente são 36». Entretanto, Almeida Henriques anunciou também a constituição de uma sociedade de capital de risco regional, a Centro Venture, que entrará em funcionamento no primeiro trimestre do próximo ano.
Presente na cerimónia de abertura, o Presidente da República sublinhou o facto da região Centro ser «a única no país cujas exportações excedem as importações». Aplaudindo o Pacto para a Nova Centralidade, Jorge Sampaio considerou-o uma «afirmação de autoconfiança», num país «em que os mais liberais são tantas vezes encapotados subsídio-dependentes». Para o PR, «dá gosto valorizar quem apresenta propostas positivas, ao invés de se lamuriar, ainda que as lamúrias estejam esmaltadas de belas citações em inglês tiradas do último “best-seller” dos livros de gestão». Na região Centro, que as estatísticas não colocam «nos primeiros baluartes da modernidade, da riqueza e da densidade comunicacional», Jorge Sampaio reconheceu que os empresários, «a partir de áreas tantas vezes isoladas e deprimidas, com alguns dos piores indicadores económicos e sociais, souberam tomar nas suas mãos o facho da modernização social e empresarial».