Os empresários da Galiza, Castela e Leão e Andaluzia reuniram anteontem, em Vigo, com os congéneres portugueses, para assumirem uma posição conjunta de contestação à introdução de portagens nas antigas SCUT.
«Esperamos exigir à Comissão de Transportes da União Europeia uma resposta à denúncia contra a cobrança de portagens em Portugal e pelo prejuízo que provoca para as zonas transfronteiriças», referiu José Manuel Alvariño. O presidente da Confederação de Empresários de Pontevedra (CEP) acrescentou que vários representantes empresariais portugueses, do Algarve ao Minho, também estariam presentes. A CEP interpôs em 2010 na Comissão Europeia uma queixa contra Portugal pela forma «discriminatória» como a cobrança de portagens é feita nas antigas SCUT por causa do sistema de cobrança e do regime de isenções e descontos concedido aos automobilistas portugueses.
«Queremos um sistema de cobrança que seja menos prejudicial para a livre circulação e relações comerciais entre os dois países. A cobrança está a ter um impacto tremendo e o que nós questionamos é se para as receitas que estão a ter valerá a pena tanto problema. Não poderá haver outra forma de ir buscar essas receitas?», interroga José Manuel Alvarinho, salvaguardando a «legitimidade» do Estado português em cobrar portagens.
