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Empresários e sindicatos defendem fim das portagens

Movimento pela Reposição das SCUT vai ser recebido pelo ministro-adjunto Pedro Siza Vieira a 5 de fevereiro

O recente aumento das portagens na A23 e A25 foi a gota de água na contestação à cobrança nas ex-SCUT (sem custos para o utilizador) que atravessam a região.

As «consequências gravosas» das portagens para as empresas está na origem do Movimento pela Reposição das SCUT, que reúne a Associação Empresarial da Beira Baixa, União de Sindicatos do Distrito de Castelo Branco, Comissão de Utentes da A23, Associação de Empresários pela Subsistência do Interior, Associação Empresarial da Região da Guarda, Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda. Esta plataforma vai ser recebida no dia 5 de fevereiro pelo ministro adjunto, Pedro Siza Vieira, na Presidência do Conselho de Ministros. Entretanto, continua por agendar uma audiência com o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, solicitada em fevereiro de 2016. Segundo os subscritores, o objetivo destes encontros é reforçar junto do Governo «as preocupações dos empresários e o impacto sentido na atividade empresarial, sob o desígnio da defesa da competitividade e sustentabilidade das empresas da região, uma preocupação agravada pelas recentes notícias de um novo aumento das portagens na A23 e A25». Esta Plataforma de Entendimento reuniu, em outubro passado, na Assembleia da Republica com todos os grupos parlamentares e a Comissão de Economia e Finanças.

Entretanto, o ministro adjunto Pedro Siza Vieira revelou que o Governo está a avaliar uma redução das portagens para o interior do país no sentido de «contribuir para a competitividade da atividade económica» nessas regiões. Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministro da última quinta-feira, o governante confirmou que esta é «uma ferramenta que o Ministério do Planeamento e Infraestruturas está a ponderar para incentivar o investimento, como forma de criação de emprego e retenção e atração de populações». Pedro Siza Vieira começou por clarificar que o que houve no início deste ano foi «uma atualização das tarifas de portagens que constam dos contratos de concessão de acordo com a inflação», o que, na sua opinião, significa que «em termos reais não houve nenhum aumento de portagens». «Em paralelo, o ministério encontra-se a avaliar a situação das portagens no interior, no sentido em que já quando se efetuou, no início do mandato deste Governo, uma redução para os transportes de mercadorias, se assumiu o compromisso de fazer a avaliação dessa matéria», declarou o ministro adjunto.

Na semana passada a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) aprovou por unanimidade um voto de indignação pelo aumento de portagens naA23 e A25.

Comentários dos nossos leitores
Mike mikealfa@hotmail.com
Comentário:
Os grandes interesses estão em Lisboa, o resto deve ser um deserto.
 

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