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Empresários do Centro criam fundo de capital de risco

CEC vai apresentar em Janeiro o Pacto Para a Centralidade

O Conselho Empresarial do Centro (CEC) vai criar um fundo de capital de risco para projectos na região com uma dotação inicial entre 12 e 15 milhões de euros, revelou segunda-feira Almeida Henriques, presidente daquela associação empresarial, à margem da primeira reunião do Conselho Consultivo do CEC, que decorreu em Viseu. A sociedade será denominada Centro Capital e terá um capital social de três milhões de euros, que será subscrito maioritariamente por empresários da região.

O responsável revelou que está a ser negociada a entrada do ICEP/IAPMEI na sociedade com uma participação de cerca de 45 por cento. A Centro Capital, que entra em funcionamento a partir do próximo ano, deverá ainda servir de «interface com outras sociedades de capital de risco e investimento» públicas e privadas, acrescentou Almeida Henriques. Além da aprovação da Centro Capital, a primeira reunião do Conselho Consultivo do CEC, estrutura que congrega as principais empresas, universidades, autarquias e politécnicos da região, serviu ainda para discutir o relatório para a competitividade da região e aprovar a criação de um barómetro para a economia regional, ambos os projectos coordenados pelo ex-ministro da Economia Augusto Mateus. Na sua intervenção de apresentação daquele órgão, numa cerimónia que contou com a presença do ministro das Actividades Económicas e do Trabalho, Álvaro Barreto, o presidente do CEC apelou ao reforço das competências das confederações patronais, «as legítimas vozes das empresas», e à criação de um conselho nacional de empresários.

Almeida Henriques considerou também que a criação do Conselho Consultivo vai permitir «unir o Centro em torno de uma estratégia», o que, a prazo, deverá permitir «afirmar e dar visibilidade» à região. Revelou, por outro lado, que o CEC está a concluir um Pacto Para a Centralidade, plano estratégico de desenvolvimento a apresentar publicamente em Janeiro, para o qual quer o compromisso dos principais agentes económicos e políticos da região. Entre as prioridades elencadas está o desenvolvimento dos acessos rodoviários e ferroviários e a criação de uma rede de parques tecnológicos e científicos. O Conselho Consultivo do CEC representa 53 empresas, com um volume de negócios total de 2,3 mil milhões de euros. A nova estrutura integra ainda as 13 principais câmaras municipais dos seis distritos do Centro, três universidades (Aveiro, Coimbra e Beira Interior), dois institutos politécnicos, prevendo-se a adesão de mais a breve trecho, e a Comissão de Coordenação do Desenvolvimento Regional do Centro.

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