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Empreendedorismo debatido na UBI

Vice-reitora destacou que a universidade se tem «esforçado nos últimos anos por fomentar» o setor

«Nem todos os projetos apresentados são viáveis». Esta foi uma das ideias realçadas no seminário sobre “Redes de incubação e clusters de empresas na Beira Interior”. Promovida na passada quinta-feira na Universidade da Beira Interior, a iniciativa, inserida na Semana Global do Empreendedorismo, foi organizada em parceria com a SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social.

“Parques industriais, plataformas e Parques de Ciência e Tecnologia” foi o mote do primeiro painel, moderado pro Luís Baptista-Martins, diretor de O INTERIOR. O Madan Park, no concelho de Almada, o projeto Inovida, o Parkurbis e a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial da Guarda foram os quatro casos analisados. Ana Paula Duarte, vice-reitora da UBI, destacou que a «universidade tem-se esforçado nos últimos anos por fomentar o empreendedorismo, tanto implementando cadeiras relacionadas com o setor, como nas relações com o meio envolvente». O projeto Inovida, que envolve várias instituições da Guarda até Abrantes, foi o primeiro a ser abordado. A responsável explicou que integra «três iniciativas estruturantes», sendo o UBI Medical uma delas. «Trata-se de uma infraestrutura vocacionada para a qualidade de vida e a saúde, em linha com o que de melhor se faz na Europa», explicou Ana Paula Duarte, referindo que será construída junto da Faculdade de Ciências da Saúde e vai atrair e fixar «recursos humanos qualificados».

Por seu turno, Vítor Santos, vereador da Câmara da Guarda, abordou o caso da PLIE e enalteceu a «localização privilegiada e geoestratégica» da cidade, frisando que é preciso «ter a noção de complementaridade e não fazermos todos o mesmo», citando os casos da Figueira da Foz e de Salamanca. Adiantou que a PLIE conta com «cerca de 22 empresas», entre unidades já instaladas e outras em fase de instalação, e que a «internacionalização» do projeto é um objetivo a alcançar. Sobre o Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã falou Pedro Farromba, que sublinhou o sucesso do projeto inaugurado em 2005 e que tem a promoção do empreendedorismo como um dos seus «pilares fundamentais». Atualmente, ali estão instaladas 32 empresas, mas cerca de 50 já por lá passaram nestes seis anos. O vereador da Câmara da Covilhã sublinhou que a instalação do Data Center da PT na cidade vai ser «infraestruturante para o futuro e se todos o soubermos aproveitar sê-lo-á para toda a região».

No período de debate, o autarca salientou que «hão há facilitismos» no Parkurbis e que «nem todos os projetos apresentados são viáveis», sendo «preciso algum dinheiro para avançar». Já Vítor Santos, questionado sobre o andamento da PLIE, preferiu falar do futuro e não do que correu menos bem: «Não gosto muito de falar do passado. Em 2006, não tínhamos sequer infraestruturas, mas foi preciso fazê-las. Não é um trabalho fácil, mas estamos no bom caminho e já temos 65 por cento do parque ocupado, entre empresas instaladas, em instalação e em projeto», indicou. A iniciativa contou ainda com outros dois painéis sobre o cluster do setor agro-alimentar e o cluster da qualidade de vida e bem-estar.

Ricardo Cordeiro “Parques industriais, plataformas e parques de ciência e tecnologia” foi o mote do primeiro painel

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