Numa tarde de muito calor, Foz Côa e Seia FC protagonizaram uma primeira parte de muita entrega em que a bola foi muito disputada a meio-campo e o futebol praticado nem sempre foi agradável.
O primeiro lance digno de registo surgiu aos 10’ com um falhanço de Silva após bom cruzamento de Bruno Coutinho e, aos 26’, Sabry fugiu a José Pedro Marra e cruzou, valendo a intervenção de Maio a aliviar para canto. No minuto seguinte foi Silva que, rematando do meio-campo quase surpreendeu o guarda-redes do Seia, no que seria um golo de bandeira. Aos 29’ foi o senense Neves que rematou, obrigando Zézé a uma excelente defesa para canto. Aos 41’, novo falhanço para os locais, desta feita por Bruno Coutinho, após cruzamento de José Pedro Marra. Na segunda parte, e logo no primeiro minuto, Jonhy escapou-se aos dois centrais fozcoenses, contornou Zézé e fez um golo fácil. No minuto seguinte, o Seia quase marcou o segundo num livre direto, com um avançado a cabecear ao lado da baliza.
O Foz Côa reagiu e, aos 52’, conseguiu o empate por Silva num canto. Logo de seguida, Maio lesionou-se e foi substituído por André. O novo técnico do Foz Côa, Valter Luís, aproveitou e fez outra alteração, colocando em campo Mélita no lugar de Soares e os locais, que estavam a jogar em 4-4-2, passaram para um 4-3-3. Por volta dos 57’, Bruno Coutinho isolou-se mas não conseguiu bater o guardião visitante. No entanto, o ponta-de-lança redimiu-se aos 63’ e colocou o Foz Côa a vencer numa recarga a uma bola devolvida pela barra após excelente remate de Fábio Fernandes. No entanto, o Seia não se entregou e volvidos dois minutos novamente Jonhy restabeleceu a igualdade. Já no final do encontro o Foz Côa dispôs de uma oportunidade soberana para vencer a partida, mas André, de cabeça, atirou sobre a barra.
O empate é justo pela atitude das duas equipas num jogo que não foi fácil devido ao excessivo calor que se fez sentir. O árbitro Silvério Sousa esteve tecnicamente impecável, bem fisicamente e excelente na lei da vantagem, deixando sempre jogar. No aspeto disciplinar poderia ter exibido mais um ou outro cartão amarelo, enquanto os seus assistentes estiveram impecáveis. Cabe ainda fazer um reparo sobre a fraca assistência. Não sabemos se devido ao calor ou às festas das amendoeiras em flor, mas havia apenas 14 espetadores nas bancadas no início do jogo, muito menos que os seus protagonistas, pelo que teria sido melhor marcar este encontro para outra data.
Daniel Soares