Já se calculava que o jogo com o Mangualde seria difícil, pois a equipa comandada por Manuel Martins estava a um ponto da linha de água e veio ao reduto dos aguiarenses tentar amealhar os tão preciosos três pontos. Embora ao Aguiar da Beira só interessasse a vitória, o desafio acabou com um nulo, mas bem disputado.
Ambas as formações entraram bem no jogo, com os caseiros mais atrevidos em termos atacantes, enquanto os visitantes foram apostando em contra-ataques, alguns muito “venenosos”. O primeiro sinal de perigo apareceu pela equipa da casa com um remate de Varandas, aos 4’, que levou a bola a sair ligeiramente ao lado da baliza de Manuel Fernandes. Depois, aos 15 , boa jogada pelo lado esquerdo de Patoilo. O médio aguiarense tirou vários adversários do caminho, mas o seu remate saiu muito fraco. Um minuto depois foi Sérgio quem desperdiçou mais uma oportunidade na marcação de um livre. De seguida, e após marcação de um canto, Nuno Gomes atirou para defesa em dificuldade de Manuel Fernandes mesmo em cima da linha de golo. O jogo estava equilibrado, com o Aguiar da Beira a criar mais perigo e mais posse de bola, embora o Mangualde tenha chegado à grande área adversária com algum perigo. Uma das oportunidades mais flagrantes aconteceu aos 29’, num grande remate de Amunike que obrigou Filipe à defesa da tarde ao estirar-se para sacudir a bola para a lateral. Aos 38’, após uma jogada de perigo, o guardião anfitrião saiu dos postes, só que Eduardo atirou ao poste esquerdo para, no ressalto, o segundo remate ser desviado muito perto da linha de perigo por um defesa.
O golo dos aguiarenses rondou toda a primeira parte, mas, para mal dos visitados, o marcador não se alterou. No regresso das cabinas, o Aguiar voltou a “massacrar” constantemente a defensiva contrária e a criar oportunidades, nomeadamente aos 65’, por Agostinho, aos 75’, por Simões, e aos 89 , por Patoilo, mas a bola teimou sempre em não entrar. Quanto ao Mangualde, não teve uma única jogada de perigo junto à baliza de Filipe, surgindo com um ataque inoperante e facilmente travado a meio campo. Nesta fase, os visitantes apostaram tudo na defesa e conseguiram a partilha dos pontos num jogo de aflitos, enquanto o empate soube, de facto, a muito pouco para o Aguiar da Beira. A equipa de arbitragem, vinda de Vila Real, pareceu ter caído de pára-quedas no campo Dr. Matos Cid. Foi muito irregular no seu trabalho, nomeadamente o juiz da partida, António Trindade, pois assinalou faltas que não existiram, mostrou cartões amarelos a jogadores e marcou faltas ao contrário. Uma actuação sem qualquer nexo.
Pedro Sousa