O Penalva do Castelo, líder da série C da III Divisão Nacional, recebeu o penúltimo classificado, o Fornos de Algodres, diante de uma grande moldura humana. Os locais iniciaram de entrada as situações de ataque e tentaram criar perigo, mas o Fornos de Algodres apresentou-se com o atacante Vitinha no onze inicial em detrimento de Bártolo, que ficou sentado no banco de suplentes.
Os homens de José Carlos Afonso apresentaram-se como uma equipa que queria pontuar, já que não se podem atrasar na tabela e ainda sonham com a manutenção. Por isso, apenas Ima e Vitinha, bem abertos no ataque, serviram para contrariar a defensiva local. A primeira jogada de perigo surgiu quando estavam decorridos 9’, com Ima a receber o esférico após um lançamento longo, mas o avançado cabeceou ao lado da baliza de Nuno. Aos 25‘ surgiu uma grande penalidade na área do Fornos de Algodres por pretensa mão de Faneca II, mas Tó Zé, chamado a transformar, encontrou Carlitos pela frente que lhe adivinhou o lado e salvou para canto. Foi o grande momento da partida e, pouco depois, Penetra, de livre, pôs novamente à prova Carlitos com o guardião a responder bem. A reacção dos visitantes não tardou e aos 35‘ Ima foi à ala esquerda cruzar para a área do Penalva onde Cédric inaugurou o marcador para festa dos adeptos fornenses. Pouco mais houve até ao apito do árbitro para a pausa.
Na segunda parte, Carlos Agostinho tentou incutir mais velocidade no jogo, mas o Fornos de Algodres, através de um futebol directo, lá se foi precavendo, largando contra-ataques rápidos com Vitinha, Cédric e Ima, muito perdulário num lance que poderia ter dado mais tranquilidade à sua equipa, mas o remate saiu-lhe ao lado. O Penalva tentou crescer a todo o custo e com alguma ajuda do árbitro, que apenas visionava o que queria. O seu auxiliar do lado dos bancos deveria mesmo estar noutro jogo na segunda parte quando assinalou um fora-de-jogo a Ima, uma vez que o defensor do Penalva, Gamarra, estava atrás dele a cerca de três a quatro metros. Mas os locais acabaram por empatar na sequência de um livre na esquerda do seu ataque. Marco combinou com Mégane, que rematou forte fazendo a bola a embater no poste esquerdo da baliza de Carlitos e entrar. Feito o empate, o jogo decaiu de qualidade até ao final e acabou por ser muito faltoso. O pior aconteceu depois do final da partida e ainda dentro do rectângulo de jogo, quando se registaram várias cenas de pouco civismo por parte dos atletas do Penalva, que praticamente desafiaram os homens de Fornos. O trio de arbitragem, chefiado por João Loureiro, não esteve bem, pois cometeu muitos erros.
João Ferreira