Foi um jogo emotivo aquele a que se assistiu, no último domingo, no Campo António dos Santos, na Póvoa do Mileu, onde se defrontaram os donos da casa e a equipa serrana do Manteigas, com a vitória a sorrir à formação da Guarda por 2-1. Mas nesta partida o resultado final foi uma incerteza até ao último minuto.
Os locais entraram melhor no encontro e os primeiros minutos foram dominados a seu belo prazer, mas apesar deste domínio o golo não apareceu. O tempo foi passando e o Manteigas começou a equilibrar a partida, acabando mesmo por remeter o Mileu ao seu meio-campo e, com este pendor ofensivo, as oportunidades de golo começaram a ser uma realidade. Apesar de uma mão cheia de oportunidades criadas por parte dos visitantes, do outro lado esteve um guarda-redes em tarde “sim”, já que Bruno efectuou defesas de grande nível e evitou que as suas redes fossem violadas. A primeira parte terminou com um claro ascendente do Manteigas, que muito procurou o golo, mas sem efeitos práticos. A etapa complementar iniciou-se com ambas as equipas a mostrarem que queriam chegar ao golo e, apesar do Mileu ter voltado a entrar melhor, foi o Manteigas que marcou por intermédio de Edgar, que fez o primeiro golo da tarde à passagem dos 65 . Em desvantagem, os guardenses foram literalmente “para cima” do adversário e, como diz o ditado, “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, as jogadas de ataque passaram a ser uma constante, pelo que o empate acabou por aparecer, com Ricardo a fazer um golo de belo efeito.
Com o empate no marcador, a partida tornou-se alucinante, já que as equipas acabaram por abdicar do meio-campo e, com isso, o jogo tornou-se bem mais rápido enquanto as balizas eram constantemente procuradas. No entanto, a maior experiência dos locais foi determinante para resolver a partida, pois Zé Tó acabou por marcar o golo da vitória perto do final. Uma última palavra para o trio de arbitragem, que, para além de alguns erros de pormenor, esteve bem. Contudo, no final, as hostes manteigenses estavam desagradadas com o árbitro por considerarem que durante a partida os seus atletas foram «constantemente intimidados» pelo homem do apito, que terá ainda proferido algumas palavras menos próprias para jogadores e dirigentes. Situações que não podemos confirmar, como é obvio, mas é bom lembrar que na passada semana, num jogo da IIª Divisão Distrital, uma equipa queixou-se das mesmas atitudes por parte deste árbitro. Não será coincidência a mais?
Rui Geraldes/ Rádio Elmo
