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«Em nome da Guarda»

Razão e Região

1. Tive a oportunidade de, no passado domingo, no TMG, estar presente na apresentação da candidatura de Joaquim Valente. E gostei do que vi: sala cheia, entusiasmo, um bom discurso, um bom candidato. One Show Man, foi a opção. Em tempo de forte personalização da política, Valente apresentou-se, sozinho, mas em muita e boa companhia, como o rosto de um novo impulso para a Guarda do Século XXI. «Em nome da Guarda». Dessa Guarda a quem pediu um mandato de confiança para completar o ciclo de oito anos que ele, há quatro, propusera, com sucesso, ao eleitorado como arco temporal necessário para realizar o seu projecto. O caminho percorrido justifica plenamente uma renovação dessa confiança. Valente revelou-se um político sereno e pacificador, flexível, atento, que sabe ouvir, sério. Mas também um político trabalhador e determinado, conjugando qualidades essenciais para quem tem a responsabilidade de dirigir os destinos de uma tão vasta e importante comunidade como a nossa. Um político empenhado e com capacidade de separar o essencial do secundário, fixando-se naquilo que é decisivo para o relançamento do concelho e da capital do distrito. Partilhei com ele durante quatro anos os destinos do Município, numa posição, claro, de menores responsabilidades, no plano da iniciativa política e da capacidade executiva. Mas aprendi a ver nele uma pessoa com elevadas qualidades humanas, orgulhosa da sua terra, simples. Mas também um homem determinado e dotado de uma sólida estratégia para o Concelho. Pessoalmente, acho que nestes quatro anos me enriqueci humanamente. E uma parte devo-a ao Joaquim Valente.

2. Hoje (escrevo no dia 30.06), realiza-se em Famalicão da Serra a sessão ordinária de Junho da Assembleia Municipal da Guarda. Em boa verdade, quase poderíamos dizer que é a última Assembleia deste mandato, uma vez que a outra se vai realizar em plenas campanhas eleitorais (para a Assembleia da República e para as autarquias). Decidimos, por consenso entre todos os partidos, convocá-la para a Casa da Cultura de Famalicão, em homenagem a este excepcional equipamento cultural e ao indubitável sucesso que está a conhecer – uma média de 170 espectadores por espectáculo numa sala com 200 lugares -, graças ao dinamismo da Junta e da sua Direcção artística. Equipamentos sociais e culturais, boas redes viárias, paisagem exuberante e preservada podem constituir, de facto, uma excelente base de partida para posicionar as nossas aldeias no centro de um processo que as proponha como retaguarda ou espaço de vida complementar ao espaço urbano de trabalho dos filhos da terra. Esta sessão da Assembleia fica, assim, inscrita neste registo de valorização dos núcleos urbanos das nossa zonas rurais.

3. Tratando-se de uma Assembleia Municipal com estas características, julgo que será oportuno fazer, aqui, também um breve balanço do mandato que está a chegar ao fim. E começo por dizer que, na minha opinião, a Assembleia desempenhou bem o seu papel como órgão deliberativo do Município. O ambiente que se viveu nas Sessões revela maturidade política dos Senhores Deputados, respeito mútuo, mesmo quando as diferenças políticas eram grandes, dignificação da Assembleia e da representação, um nível de preparação e de estudo dos dossiers que considero francamente bom. Em todas as bancadas. Numa palavra, cumprimos o papel que nos cabe no Município. Promovemos vários debates e iniciativas. Descentralizámos a Assembleia, fazendo duas reuniões ordinárias fora da sede do concelho (em Gonçalo e em Famalicão). Desmaterializámos a comunicação interna da Assembleia, poupando recursos, tempo e dinheiro. Pouco tempo depois da Assembleia entrar em funções, as actas passaram a ser redigidas em discurso directo e publicadas no «Site» do Município, para que os munícipes pudessem acompanhar integralmente as Sessões. Melhorámos as condições de trabalho da própria Assembleia. Instituímos e instalámos o Conselho Municipal de Segurança. Visitámos a Assembleia da República, tendo sido recebidos pelo Senhor Presidente da Assembleia, e a Residência Oficial do Primeiro-Ministro, onde nos foi oferecido um Porto de Honra. Em suma, atendendo a que os deputados municipais exercem as suas funções num regime semelhante ao de voluntariado, creio que seria difícil fazer mais do que o que conseguimos fazer. Estou, portanto, satisfeito e agradeço o empenho de todos os Senhores Deputados para conseguir este resultado. Hoje é um dia feliz para mim.

Por: João de Almeida Santos *

* Presidente da Assembleia Municipal da Guarda

«Em nome da Guarda»

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