As famílias vão pagar mais um euro na sua factura da electricidade mensal em 2010, representando uma aumento de 2,9 por cento, de acordo com a proposta do Conselho Tarifário da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Esta subida para a generalidade dos consumidores domésticos (5,3 milhões de clientes) representa um incremento de «pouco mais de um euro» nos orçamentos mensais familiares, tendo em conta uma factura média de 39 euros por mês, alega a ERSE. Os principais factores que determinaram o aumento proposto têm a ver principalmente com o início do pagamento do défice tarifário, com o custo das renováveis e com a diminuição do consumo. Esta subida das tarifas também se aplica a Pequenas e Médias Empresas (PME), indústria e grandes consumidores industriais. A proposta será analisada até 15 de Novembro pelo Conselho Tarifário da ERSE que fará um parecer «não vinculativo». A decisão final será tomada até 15 de Dezembro. As novas tarifas entram em vigor entre o dia 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2010.
A ERSE propõe ainda a igualdade nos termos fixos entre a tarifa bi-horária e a simples, uma alteração, que refere o regulador, implica, no primeiro caso, uma redução média da factura de 1,4 por cento. É que os clientes que optam pela bi-horária beneficiam de tarifas mais baixas, mas suportavam um custo mais elevado nos termos fixos da tarifa, como o custo do transporte de energia e outras componentes. Agora, com esta alteração, os custos face ao regime simples são idênticos, o que vem «facilitar a opção dos consumidores pela tarifa bi-horária, uma vez que, esta opção tarifária observa uma redução média de cerca de 1,4 por cento, tornando-se assim ainda mais vantajosa face à tarifa simples». No final de 2008 a bi-horária tinha cerca de 620 mil clientes, tendo aumentado para 720 mil em Junho último.
