Eferreás e hino recebem Associação Académica do Colégio S. José/Rocha

Está oficialmente criada a Associação Académica do Colégio S. José/Rocha, que fechou portas na Guarda no início da década de 90 do século passado. A novel entidade foi apresentada no último encontro de antigos alunos, realizado no passado sábado, entre muitos eferreás e entoações do hino da escola. Uma placa alusiva ao momento foi descerrada nas instalações onde hoje funciona o Conservatório de Música.

A associação tem por objetivo «manter e fortalecer a amizade» entre os “rochas”, como eram conhecidos os estudantes daquela instituição católica de ensino, e demais pessoas ligadas ao colégio. Nesse sentido, ficará responsável pela organização dos encontros anuais, o principal motivo para a sua criação, assumiu Paulino d’Assunção. «Todos os anos temos passado a pasta de uns para os outros e começávamos a sentir dificuldades, daí que uma das funções da associação será esta», acrescentou o advogado. Outro antigo aluno – «apenas por uns dias», revelou Jorge Fonseca – é hoje o Provedor da Santa Casa da Misericórdia, que manifestou total disponibilidade para colaborar com a associação cuja sede ficará nas instalações do atual Conservatório de Música de S. José. Quem faltou ao encontro foi o presidente da Câmara Joaquim Valente, também ele um “rocha”, mas a vereadora Elsa Fernandes não deixou de sublinhar a importância do Colégio: «Foi um marco incontornável na história e no desenvolvimento social e cultural da Guarda e da região», declarou.

Já o Bispo da Guarda recordou que o Colégio S. José «está no coração dos guardenses, muitos dos quais ainda se interrogam sobre o fim desta modalidade de ensino na cidade». Nesse sentido, D. Manuel Felício partilhou com os presentes o desejo de recuperar o colégio «com 1º ciclo e secundário». Na sua opinião, é preciso que «a sociedade civil tome conta do ensino para que se deixe de nivelar por baixo». Quanto à associação, o prelado sugeriu que se programem outras atividades, sobretudo na área cultural. D. Manuel aproveitou ainda a cerimónia para oferecer um quadro do Cónego Álvaro Quintalo, o grande pedagogo de várias gerações de guardenses, pintado por um antigo aluno em 1954 e que tinha sido oferecido à Diocese. A imagem está agora na sede da Associação Académica, da qual o “ti’cónego”, como era tratado pelos alunos, é o sócio número 1.

A aprovação dos estatutos e a eleição dos primeiros órgãos sociais são os passos que se seguem. Da comissão instaladora fazem parte Albino Bárbara, Ângelo Brás, António Madeira, César Manso, César Pereira, Guy Moreira, Joaquim Gonçalves, Jorge Ribas, José Prata, José Júlio Fernandes, Luís Moreira, Luís Antunes e Paulino d’Assunção.