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Edifício distingue-se pela forte horizontalidade

Obra concebida por José Carlos Loureiro forma um quadrilátero para responder às exigências dos futuros médicos

Desenhado pelo arquitecto José Carlos Loureiro (GALP – Gabinete de Urbanismo, Arquitectura e Engenharia, Lda), o edifício da Faculdade de Ciências da Saúde é composto por quatro alas que formam um quadrilátero, com uma área bruta total de 180 mil metros quadrados e sete mil metros quadrados de área coberta.

No interior do quadrilátero, encerra-se um auditório ao ar livre ajardinado e com algumas árvores. Duas das alas dos edifícios destinam-se à aprendizagem, uma terceira à investigação e a quarta aos gabinetes de docentes e investigadores e, ainda, a consultórios. A estrutura teve um custo de 20,6 milhões de euros no âmbito de um contrato com o POCI 2010, financiado em 68,7 por cento pelo FEDER e em 31,3 por cento pelo PIDDAC. No entanto, o custo total da obra – a contar com o equipamento a instalar – ficará à volta dos 30 milhões de euros.

O edifício é marcado por uma forte horizontalidade, implantando-se quanto ao terreno: de forma nivelada, desenvolvendo-se daí para baixo em dois e três pisos. O objectivo era ter uma «excelente vista para a encosta da Serra da Estrela e enquadrar-se na paisagem», sem os atropelos urbanísticos verificados nos últimos anos na cidade, explicou o arquitecto José Carlos Loureiro. A organização do espaço também foi definida de forma criteriosa, para responder melhor às exigências dos futuros médicos e da área da saúde. Assim, e para a aprendizagem, o edifício contará com quatro salas de aula convencionais com 171 lugares cada, três anfiteatros para ensino de 316 lugares, 10 salas de estudo com 78 lugares, 19 salas tutoriais num total de 380 lugares e três salas de auto-aprendizagem com capacidade para 354 alunos. Para o ensino prático, os alunos terão ao seu dispor nove laboratórios de ensino, sete salas de apoio aos laboratórios, cinco para anatomia (43 lugares) e um anfiteatro anatómico.

O edifício dispõe ainda de 15 salas de apoio ao ensino e uma biblioteca, três centros de apoio e um auditório com 484 lugares. Quanto aos gabinetes para os docentes, foram projectados 67 duplos, 12 de investigação, nove salas de apoio e três de reuniões. Já a administração/direcção da Faculdade terá ainda sete gabinetes e salas de apoio e uma sala de reuniões. Há ainda 10 gabinetes de educação médica e salas de apoio e um bar com 195 metros quadrados. O grande auditório dispõe ainda de condições para um funcionamento completamente autónomo, com acessos e sanitários independentes. Existe uma rampa directa, desde o parque de estacionamento, com áreas ajardinadas, até ao “foyer” no piso “+1”. Os três auditórios existentes encontram-se situados junto à entrada geral da escola, podendo funcionar em conjunto ou isoladamente, como auditórios de ensino.

O Centro de Investigação em Ciências da Saúde, uma valência multidisciplinar para investigação clínica, vai possuir 30 laboratórios de investigação e nove salas de apoio, a que se juntam mais seis locais para prática cirúrgica e 15 para biotério. No próximo ano, e para além dos alunos de medicina, ciências biomédicas e ciências farmacêuticas, deverão estar a trabalhar aqui «mais de 57 investigadores», revelou João Queiroz. Por isso, para o presidente da FCS, este é um edifício que «responde completamente às exigências» além de ser «de excelência, ao nível do melhor que há na Europa».

Liliana Correia

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