A economia portuguesa cresceu 1,4 por cento em volume em 2016, tendo o crescimento homólogo nos últimos três meses do ano sido revisto em alta em 0,1 pontos percentuais, para 2 por cento, suportado numa recuperação do investimento e no crescimento mais intenso do consumo privado, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
O INE, na sua Estimativa Rápida, apontava para um crescimento do PIB de 1,4 por cento em 2016 e de 1,9 por cento no quarto trimestre, em termos homólogos. O aumento do Produto Interno Bruto (PIB) português em 2016 fica 0,2 pontos percentuais abaixo do registado no ano anterior devido ao menor contributo da procura interna, a refletir a quebra do investimento e «ligeiro abrandamento do consumo privado», explica o INE.
No quarto trimestre de 2016, o PIB aumentou 2 por cento em termos homólogos, face à variação de 1,7 por cento no trimestre anterior, tendo sido revisto em alta em 0,1 pontos percentuais face à Estimativa Rápida. «A aceleração do PIB resultou do maior contributo da procura interna, que passou de 1,1 pontos percentuais no terceiro trimestre para 2,5 pontos percentuais, observando-se uma recuperação do investimento e um crescimento mais intenso do consumo privado», diz o INE no relatório “Contas Nacionais Trimestrais e Anuais Preliminares” divulgado esta quarta-feira.
A aceleração das importações de bens e serviços resultou num contributo da procura externa líquida negativo (-0,6 pontos percentuais) depois de ter sido positivo no trimestre anterior (0,6 pontos percentuais). Em comparação com o terceiro trimestre, o PIB aumentou 0,6 por cento em termos reais, uma taxa inferior em 0,3 pontos percentuais à do trimestre anterior.
«O contributo da procura interna foi positivo, contrariamente ao observado no trimestre anterior, traduzindo, principalmente, a evolução do investimento», adianta o INE. Já a procura externa passou a ter um contributo negativo, devido ao forte aumento das importações de bens e serviços.