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E depois do referendo…

Já muito se disse sobre o aborto e as ideias são muito claras (as mesmas que tinha antes de toda esta polémica… e que certamente continuarei a ter):

• Continua a haver gente que não se quer comprometer com os direitos das mulheres e está-se nas tintas para a sua saúde e bem estar;

• Continua a haver gente que se está nas tintas para a vida humana (em toda a sua plenitude);

• Continua a haver gente que se está nas tintas para Portugal;

• O único interesse do assunto é cada vez mais politico-partidário, vendo assim a possibilidade de se ganharem uns votos e tornar a nossa vida democrática o mais complicada possível;

• Este referendo não contribui em nada para a livre e séria discussão do que quer que seja;

• Mesmo que a Lei mude, o aborto, a clandestinidade, o abuso, a miséria continuará a ser a mesma, com a mesma intensidade e com os mesmos problemas;

• Abortar é matar. Há países onde matar criminosos é legal e decretado por tribunais. Em Portugal, temos que decidir se devemos matar legalmente ou não. Para mim, se o decidirmos fazer, estarei contra. Não me conseguirá sair da cabeça que estamos a matar inocentes… e se me custa a aceitar que se matem os criminosos…;

• O direito à opinião é universal e ninguém tem o direito de diminuir intelectualmente alguém por ter determinada opinião. Ser contra o aborto não é ser inculto. Se esta é a mensagem que o referendo quis trazer, FALHOU!

Carlos Tavares, carta recebida por e-mail

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