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Dois mega-agrupamentos escolares na Guarda

Estruturas de gestão a criar no próximo ano letivo em torno das secundárias Afonso de Albuquerque e Sé terão 5.081 alunos

Está confirmado. A Guarda vai ter dois mega-agrupamentos escolares a partir do próximo ano letivo, criados em torno das escolas secundárias da cidade para gerir equipamentos, professores e um universo de 5.081 alunos do ensino pé-escolar, básico e secundário. A proposta do Conselho Municipal de Educação teve parecer favorável do executivo na última reunião de Câmara, na passada quinta-feira.

O Agrupamento de Escolas da Sé será o maior, englobando aquela secundária, as EB 2,3 Carolina Beatriz Ângelo (Sequeira) e de S. Miguel, assim como as respetivas 18 escolas básicas do primeiro ciclo e 17 jardins-de-infância. No total, esta estrutura terá 2.665 alunos. Já o Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque vai gerir o outro lado do concelho, juntando o antigo liceu, a EB 2,3 de Santa Clara, onze escolas do primeiro ciclo e sete jardins-de-infância, que serão frequentados por 2.419 alunos. Esta mudança implicou também a reorganização da rede escolar com a transferência de algumas escolas e jardins-de-infância entre agrupamentos. Assim, as escolas e pré-escolar de Videmonte, Tinta e Maçaínhas vão passar para o Agrupamento Afonso de Albuquerque, transitando de S. Miguel. Por sua vez, os estabelecimentos de Alfarazes “mudam-se” de Santa Clara para o Agrupamento da Sé.

«Esta agregação decorre da lei, mas, no caso da Guarda, quisemos evitar uma imposição dos serviços centrais de Educação e optámos por apresentar uma proposta de reorganização sustentada na realidade do concelho», disse Virgílio Bento. O vereador recordou que a Guarda é «a única cidade do distrito onde ainda não foram criados mega-agrupamentos escolares» e explicou que a decisão final teve que ser antecipada em três meses – inicialmente, a proposta devia ser apresentada em março – devido à extinção das Direções Regionais de Educação no final do ano. De resto, o responsável adinatou que o município não vai propor à tutela o fecho de mais escolas do primeiro ciclo e jardins-de-infância no próximo ano. Por sua vez, a vereadora Ana Fonseca (PSD) concordou que a solução encontrada está «equilibrada em termos de alunos e de escolas, dentro do que seria um mal menor, pois os mega-agrupamentos podem não ser positivos».

Na quinta-feira, o executivo também aprovou a continuidade do “Julgamento e Morte do Galo do Entrudo”, da Agenda da Guarda e do boletim municipal, mas com menos custos. Assim, o orçamento do evento carnavalesco organizado pela empresa municipal Culturguarda vai sofrer um corte de 53 por cento relativamente à edição deste ano. A Câmara reduzirá igualmente em 40 por cento os gastos com a Agenda, que passa a custar 30 mil euros em 2013. Já o boletim municipal será editado online exclusivamente. Esta alteração motivou o seguinte comentário da oposição: «Fazia-se a mesma coisa com mais dinheiro até aqui», disse Ana Fonseca, enquanto Rui Quinaz declarou que «ou se comprava caro, ou agora estes trabalhos terão muito menos qualidade.

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