A precisar de ganhar para acalentar o sonho de chegarem à fase seguinte do Nacional, os iniciados do NDS não aguentaram a pressão na deslocação à Covilhã e acabaram derrotados pelo Sporting local, que, pelo que fez nesta partida, não merecia ter ficado na última posição do campeonato.
O primeiro golo chegou aos 18 , por Diogo, cujo forte remate, de muito longe, não deu quaisquer hipóteses de defesa a Adubeiro. Desorientados com a desvantagem, os guardenses não conseguiram reagir e, volvidos cinco minutos, sofreram novo golo numa excelente iniciativa do central Salcedas. Apesar das muitas alterações feitas pelo seu técnico para tentar alterar o rumo dos acontecimentos, o melhor que o NDS fez foi marcar o seu tento de honra já na segunda parte, aos 39 , por intermédio de Martinho, que aproveitou da melhor forma um desentendimento do último reduto covilhanense. Boa arbitragem de Nuno Roque. No final da partida, Joaquim Pinharanda, técnico do NDS, não conseguiu esconder alguma desilusão com a derrota: «Sabíamos que não era fácil, porque estávamos dependentes do que acontecesse noutros campos, mas falhámos essencialmente porque não conseguimos aguentar a pressão de ter que ganhar». No entanto, sublinha que esta derrota não pode fazer esquecer a «grande época» feita pelos seus atletas, salientando que «nunca nenhuma equipa da Guarda tinha estado a lutar até ao último jogo para passar à segunda fase e esse orgulho ninguém nos pode tirar», disse. Pelo lado do Covilhã, Gonçalo Monteiro mostrou-se satisfeito com esta «despedida em beleza» da sua equipa, considerando que os seus pupilos demonstraram ter «qualidade para continuarem no Nacional».
Ricardo Cordeiro
