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Direito à indignação

Guard’a Vida é um movimento que surgiu espontaneamente da sociedade com o único objectivo de defender o direito a viver. As 45 pessoas que o compõem mais não fizeram do que dar um pouco de si próprias, do seu tempo e mesmo uma parte financeira, sem esperar qualquer outro tipo de contrapartida que não dar o seu melhor em defesa da vida.

Na minha opinião, julgo ser de muito mau gosto desprezar tudo o que atrás descrevi e colocar uma classificação de – (menos) naquilo a que os Sr.s chamam de “Fio da Navalha” (nº 373). O Guard’a Vida não tinha empregos para distribuir, nem favores a retribuir, não tinha partidos que o patrocinassem ou orientassem. Tudo foi feito da forma mais “amadora” que alguém possa imaginar.

12.000 (doze mil) assinaturas foram conseguidas em cerca de 15 (quinze dias). Este foi o primeiro movimento a surgir na Guarda com carácter nacional. O Guard’a Vida tinha tanto tempo de antena como qualquer outro movimento ou partido político. Só por si, estas duas situações colocam este movimento com uma nota muito positiva.

Como é natural, o resultado não agradou, mas também é verdade que a Guarda foi um dos distritos em que o NÃO obteve mais votos. Não tivemos nenhuma máquina política a fazer reuniões com presidentes de Junta, militantes, etc. exigindo uma tendência de voto. Não tivemos um Primeiro Ministro indicando o sentido de voto, nem tão pouco a maioria da comunicação social, que, também despindo a camisola da neutralidade, deu mais espaço a opiniões que defendiam o sim. Custa ler? Mais custa ser alvo de tudo isso!!!

É muito provável que o trabalho do Guard’a Vida não pare por aqui, continuamos a defender o que a própria Constituição de Portugal defende: a vida.

Pedro Nobre, porta-voz do movimento Guard’a Vida

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