A imagem do conselheiro de Estado da República Portuguesa natural de Aguiar da Beira foi indubitavelmente abalada. As contradições no caso BPN são mais que muitas. A aquisição de duas empresas tecnológicas de Porto Rico, num negócio promovido pelo homem de Aguiar da Beira, e cujos activos eram pouco mais que o escritório, com o dinheiro a “desaparecer” em contas “offshore”, e, depois, esta transacção não constar nas contas do banco de 2001, que Dias Loureiro assinou – é apenas uma delas. Também as versões contraditórias de Dias Loureiro e António Marta, antigo vice-governador do Banco de Portugal, deixam antever que alguém tem que estar a mentir. A forma como o advogado granjeou riqueza desde que entrou no mundo da política e posteriormente no dos negócios também está a suscitar dúvidas a muita gente. Como disse Pacheco Pereira: com o dinheiro de deputado e de ministro é que não dava para enriquecer.