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Desenvolvimento agrícola do distrito vai ter plano estratégico

Objectivo é potenciar sector tradicional com os contributos de investigadores, agricultores e responsáveis da Direcção Regional

O Governador Civil, Santinho Pacheco, vai coordenar a elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento agrícola do distrito da Guarda com os contributos de um grupo de trabalho constituído por investigadores, associações de agricultores e representantes da Direcção Regional de Agricultura do Centro. A medida foi anunciada na segunda-feira, no Sabugal, durante uma jornada de reflexão sobre “Agricultura e Desenvolvimento Rural no distrito da Guarda”.

No encontro, o ministro António Serrano considerou que o sector agrícola «é estratégico para o país» e incentivou os portugueses a consumirem produtos nacionais. «Sem agricultura não haverá desenvolvimento sustentado de qualquer país», afirmou. Segundo o governante, esta actividade tradicional tem também «uma valência fundamental na criação de emprego e é ela própria uma oportunidade para combater a crise económica internacional e nacional em que vivemos». Para António Serrano, a agricultura «não é fonte de problemas, é parte da solução e eu acho que esta é a consciência cívica que a sociedade tem que assumir também». No final da iniciativa, o ministro anunciou que o processo de ajudas aos agricultores do Sabugal prejudicados pelos grandes incêndios no último Verão «está praticamente encerrado».

«De 115 candidaturas que existiram falta pagar apenas três», adiantou António Serrano aos jornalistas, revelando que, do total de 265 mil euros concedidos, «há cerca de três mil euros para regularizar, o que será feito na próxima semana». No entanto, assumiu que não é com estas verbas que os agricultores vão «endireitar a sua vida», até porque tratou-se apenas de «compensar e tentar ajudar a recuperar perda de rendimento» que as pessoas tiveram com os fogos ocorridos na zona Sul do concelho do Sabugal. Recorde-se que os incêndios causaram prejuízos avaliados pela autarquia em 10 milhões de euros e afectaram mais de 100 agricultores e proprietários. As chamas destruíram cerca de 12 mil hectares de área, o que corresponde «quase a um sétimo da área do concelho», sublinhou António Robalo, acrescentando que «houve muitos agricultores que ficaram sem uma vida de trabalho».

Nesse sentido, o autarca sabugalense indicou que as associações florestais, de criadores de gado e os agricultores afectados apresentaram candidaturas para ajudas do Estado, no valor de 600 mil euros, mas apenas foram concedidos 265 mil euros, o que não considera suficiente. «Nunca é suficiente, mas também não podemos andar constantemente na situação da subsídio-dependência», esclareceu António Robalo.

Ajudas aos agricultores do Sabugal afectados pelos incêndios no último Verão «está praticamente encerrado», disse o ministro

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