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Desemprego: o Governo mente despudoradamente

Nesta campanha eleitoral a coligação de direita PSD/CDS-PP jura que Portugal vai bem e que o desemprego diminuiu. Ora tal “evidência” é facilmente desmontada. Vejamos então:

1. De 2011 para 2015 o número de pessoas empregadas caiu 260 mil;

2. Em maio de 2015 estavam mais 44 mil pessoas abrangidas por programas IEFP do que estiveram ao longo de todo o ano de 2011 (dados do IEFP e INE);

3. No mesmo período, aumentou em 100 mil o número de inativos disponíveis que ficam desvinculados oficialmente da procura de emprego e que não entram nas estatísticas;

4. O governo “esquece” os milhares de emigrantes, esconde os desempregados que já desistiram de ir ao Centro de Emprego;

5. O Governo retira das contas os “ocupados” em Contratos de Emprego Inserção (CEI) e outros tipos de estágios;

6. A precariedade está ao nível máximo: em cada dez novos contratos, nove são precários. Sete em cada dez “empregos” em regime de estágio, voltam ao desemprego.

Muitos outros exemplos poderiam ser dados. Assim, o Bloco de Esquerda propõe:

a) Fim dos recibos verdes;

b) Fim dos contratos Emprego Inserção;

c) As empresas que não contratem como efetivos pelo menos metade dos estagiários do IEFP devem perder o acesso a novos programas de estágio;

d) Contratação de todos os trabalhadores precários ao serviço do Estado.

Onde há um posto de trabalho, tem de existir um contrato de trabalho. Trata-se de uma exigência radical para um futuro com dignidade.

Por: Jorge Manuel Mendes, cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo círculo da Guarda

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