Aguardado com natural expectativa, o dérbi do concelho de Gouveia decidiu-se nos derradeiros minutos do jogo, quando parecia que o nulo seria o resultado final.
A primeira parte mostrou duas equipas cautelosas, mais preocupadas em defender bem do que em criar lances de verdadeiro perigo. Ainda assim, aos 14’, Pinheiro cruzou para o cabeceamento de Pedro Batista que só não conseguiu assistir Copas porque este chegou ligeiramente atrasado. A resposta gouveense aconteceu aos 20’, com Fábio Rebelo a servir Magalhães para um cabeceamento perigoso, mas sem pontaria. Depois foi Leonardo a dispor de uma boa oportunidade para inaugurar o marcador, só que o dianteiro vilanovense não conseguiu dar o melhor seguimento ao lance. Passado este minuto mais emotivo, o jogo voltou a ser muito disputado a meio-campo, sem lances de perigo junto das duas balizas.
O intervalo não alterou o cariz do jogo, que se manteve pouco interessante para o muito público que assistia. Aliás, foi preciso esperar pelos 76’ para se registar novo lance de algum perigo, num remate de Luís Bica que levou a bola a sair ao lado da baliza defendida por Rui Neves. Aos 85’, o árbitro Pedro Afonso mostrou o cartão vermelho (direto) a Luís Bica por entender que o vilanovense teve uma entrada perigosa sobre Fábio Nascimento. Em superioridade numérica, os gouveenses pressionaram mais e obtiveram resultados aos 90’, quando Pedro Ferreira aproveitou um ressalto para, de fora da área, rematar sem hipóteses para o guarda-redes Óscar. Já em período de descontos, o recém-entrado Hélder Grilo confirmou a vitória dos locais, fazendo um golo fácil após excelente trabalho de Gonçalo Santos.
Num jogo em que os guarda-redes não fizeram uma defesa digna desse nome, os gouveenses acabaram por ser mais felizes ao selarem a vitória nos instantes finais. O trabalho do árbitro foi muito contestado pelo público afeto à equipa de Vila Nova de Tazem, mas não terá sido por aí que o jogo se decidiu.
