Dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE), na primeira notificação ao abrigo do Procedimento dos Défices Excessivos enviada a Bruxelas.
O défice orçamental do ano passado terá ficado nos 6,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), na primeira notificação ao abrigo do Procedimento dos Défices Excessivos enviada a Bruxelas.
O valor fica abaixo das estimativas mais recentes do Governo, que apontavam para 6,6 por cento, e inclui a anulação da receita da venda de concessão da ANA, avaliada em 1.200 milhões de euros, e outros ajustamentos, como a compra de ações ordinárias da Caixa Geral de Depósitos no aumento de capital do banco estatal, mais 750 milhões de euros, e ainda a transformação em suprimentos da Parpública, também com um impacto de 750 milhões de euros.
Já a dívida pública terá atingido os 123,6 por cento do PIB em 2012, ou seja, cresceu quase mais 20 mil milhões de euros num só ano, e está acima estimativa do Governo e da “troika”, que tem menos de duas semanas.
De acordo com os dados do INE, hoje divulgados, a dívida pública terá aumentado 15,3 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) face a 2011 (ambos os valores são provisórios), o que em termos de rácio está influenciado por uma forte queda no valor que serve de base a este cálculo, o do PIB nominal.
Em termos nominais, passou de 185.240,7 milhões de euros para 204.485 milhões de euros, o que representa também a primeira vez que o valor absoluto da dívida supera os 200 mil milhões de euros no final de um ano.
