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Decretada insolvência das Águas do Alardo

A fábrica de engarrafamento de água mineral já não laborava desde Outubro, após o corte da electricidade

O Tribunal do Comércio de Lisboa decretou a insolvência da empresa Águas do Alardo, com sede em Lisboa e unidade de produção em Castelo Novo, no concelho do Fundão. A decisão foi tomada a 30 de Novembro, mas só foi publicitada no passado dia 20. A insolvência foi apresentada pela própria empresa, detida por Silvino Ruivo, e não pelos credores, como se pensou inicialmente.

A fábrica de engarrafamento de água mineral já não laborava desde Outubro, após o corte da energia. Sem electricidade e telefones, sem ordenados, nem respostas dos proprietários, os 37 trabalhadores continuaram, no entanto, a comparecer nas instalações e a cumprir os seus turnos, mas sem nada fazer. No final desse mês, anunciaram que tencionavam pedir ajuda ao Ministério da Economia e à Assembleia da República. A unidade, que pertenceu a Sousa Cintra até ao ano passado, tem passado por dificuldades e estava paralisada desde Setembro, adiantou na altura o delegado sindical, Manuel Paulino, revelando que o salário de Outubro ainda não tinha sido pago, estando também em dívida 25 por cento do subsídio de férias.

No início do ano, Silvino Ruivo anunciou ter adquirido a empresa. O empresário já no passado tinha emitido pareceres financeiros para a Águas do Alardo e, em Fevereiro, revelou que a empresa tinha um passivo de três milhões de euros e que havia «um plano para dar a volta por cima». Contudo, nesse mês os credores bateram à porta da fábrica e conseguiram reaver cerca de 56 mil euros através de uma penhora de bens. Em Agosto, o empresário afirmava que o passivo já era superior a nove milhões e que a unidade estava à venda.

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