Mesmo às portas da nossa cidade estão a montar umas elegantes torres de energia eólica que, brevemente, nos darão um pouco mais da extraordinária energia a que chamam electricidade.
Enquanto a “cabeça” de um desses gigantes está no chão (e mesmo que não estivesse), as escolas deviam levar até lá os seus pequenos alunos e explicar-lhes de maneira simples o que se está ali a fazer e para que serve. Além do passeio em transportes municipais, devem levar uma merenda para melhor admirarem os trabalhos, a paisagem e a cidade vista desse lado, de onde sobressai a nossa majestosa Sé Catedral. Muitos desses alunos, senão todos, desconhecem o nascer dessa maravilhosa energia, que o Homem gera com relativa facilidade e que esses gigantes do Tintinolho são uma das formas de a produzir.
Dizer a esses alunos que o Homem, ao fazer essas energia e ao aplicá-la onde quiser, tem que saber respeitá-la, porque essa força tem as suas leis e assim o exige e não admite erros nem enganos, pois pode magoar mortalmente. Que admirem em suas casas a simplicidade de ligar uma modesta lâmpada e a grandiosidade da luz que lhe dá. A facilidade com que a mãe ou a avó, e o pai também, passam a roupa a ferro. Que admire os aparelhos eléctricos em casa, pois são todos alimentados por essa energia que não se vê e nem se lhe pode tocar. Por isso, eles devem respeitar e ter cuidado com os fios deixados no chão, não lhes tocar com as mãos molhadas (…). Quando os ventos fizerem circular os braços desses gigantes, que nos tragam bom ventos para muitas almas serem limpas e derreter o gelo de muitos corações.
António do Nascimento, Guarda