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D. Maria I

Foi no dia 17 de dezembro de 1734 que nasceu, em Lisboa, D. Maria Francisca Isabel Antónia Gertrudes Rita Joana, filha primogénita de D. José e de D. Mariana Vitória de Áustria. Foi princesa da Beira e do Brasil. Casou com seu tio, o príncipe D. Pedro, quando tinha 26 anos de idade. Por morte de seu pai, em 1777, assumiu o trono de Portugal, como D. Maria I, a Piedosa, até 1792.

Era culta, amante da música e da pintura, de temperamento doce e melancólico e muito devota. Na administração da Justiça, que era a sua prioridade, após os excessos do despotismo pombalino, procedeu com magnânima generosidade. Imprimiu novos rumos à governação, mudança que ficou a ser pitorescamente conhecida por “Viradeira”, sobretudo no domínio político, religioso e cultural. Libertou e reabilitou os Távoras, que se tinham salvado do massacre do Marquês de Pombal, mas não deu seguimento à reabilitação dos Jesuítas.

Criou a Casa Pia de Lisboa, fundou a Academia Real das Ciências, a Real Biblioteca de Lisboa, entre outras, e que constituíram um esteio importante para o desenvolvimento.

Após de sucessivos desgostos, como a morte de seu marido, em 1786, e dois anos depois do príncipe real, surgiram sinais de demência. Foi para o Brasil com alguns elementos da corte, falecendo no Rio de Janeiro a 20 de março de 1816.

Por: Américo Brito

D. Maria I

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