No próximo dia 6 de Dezembro, o Bispo da Guarda, D. António dos Santos, vai ser homenageado pela Diocese. Após longa ausência, por razões de saúde, o prelado comemorará os 26 anos da sua nomeação para a Diocese da Guarda.
Em comunicado, D. Manuel Felício, Bispo Coadjutor da Guarda, informa que o Bispo se encontra «agora em franca recuperação» e vai celebrar na próxima terça-feira a sua entrada na Diocese, na Sé Catedral. «Já que não foi possível termos celebrado juntos, como era nosso desejo, os 25 anos, ocorridos em 2 de Fevereiro passado, vamos festejar com ele esta data significativa», refere D. Manuel Felício. Assim, na terça realiza-se uma missa na Sé Catedral, pelas 17 horas, presidida pelo homenageado, D. António dos Santos, seguida de uma sessão de cumprimentos. O actual Bispo da Guarda, com 74 anos, é natural de Quintã (Vagos) e chegou ao bispado a 2 de Fevereiro de 1980, tendo sido nomeado a 6 de Dezembro de 79. No ano passado foi galardoado com a medalha de ouro do município guardense, no âmbito das celebrações do 805.º aniversário da cidade. Na altura, a autarquia justificou a atribuição do galardão «pela obra e testemunhos à frente da Diocese». D. António dos Santos veio para a Guarda substituir D.Policarpo. Começou por ser um bispo discreto e austero e só nos últimos anos apareceu publicamente a pronunciar-se sobre as questões que mais preocupam a sociedade civil.
Uma das raras excepções aconteceu em meados dos anos 80, quando o Bispo esteve ao lado dos mineiros da Panasqueira durante uma das mais graves crises do complexo. Mas longe das luzes da ribalta, D. António dos Santos teve um papel decisivo na construção do Carmelo da Guarda, do Centro Apostólico e na renovação do Seminário Maior. A ele estão também ligadas outras obras menos visíveis, mas igualmente importantes, como a Escola Teológica Superior de Leigos e as comunidades de sacerdotes. Foi também sua vontade a criação de um fundo diocesano para toda a comunidade pastoral. D. António dos Santos é tido como uma pessoa «humilde, amiga e um homem de diálogo», ficando ainda associado ao fim de uma crise de cerca de 11 anos quanto à formação de novos padres, já que, entre 1968 e 79, apenas um sacerdote se tinha ordenado na diocese. De então para cá foram ordenados mais de 60 novos párocos, mas a crise de vocações parece ter voltado. Desde Junho do ano passado que o Bispo tem estado ausente da Diocese da Guarda devido a problemas de saúde. Por esse motivo, o Vaticano nomeou, em Dezembro, D. Manuel Rocha Felício para Bispo Coadjutor da Diocese da Guarda.