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Cúria Diocesana esclarece propriedade de Igreja de Aldeia Viçosa

Imóvel de Interesse Público é propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial, «como sempre foi»

A propósito da classificação da Igreja de Aldeia Viçosa como Imóvel de Interesse Público, a Cúria Diocesana entendeu fazer alguns esclarecimentos esta semana. Tudo porque a igreja classificada «é, como sempre foi, propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial», que é servida e representada por uma comissão, à qual preside o padre José Joaquim Pinto Geada, o pároco daquela localidade.

«O imóvel está garantido por registo na Conservatória de Registo Predial de que possuem título», por autos de entrega que oportunamente foram enviados à Diocese e são conservados nos arquivos da Cúria Diocesana. De resto, o título de propriedade é publicamente reconhecido pelo próprio IPPAR. Por tudo isto, a Fábrica da Igreja Paroquial de Aldeia Viçosa tem a seu favor «provas evidentes de competência e capacidade para continuar a zelar por ele, garantindo principalmente as suas funções no exercício do culto católico para que foi criado», refere o comunicado. No entanto, «aceita toda a colaboração de instituições públicas e particulares, mas sempre garantindo os seus direitos de legítima proprietária, e portanto o direito de ter a última palavra nas decisões que devem ser tomadas». Tanto que para questões do património artístico e cultural existe um departamento dependente do Bispo Diocesano, que se chama “Comissão Diocesana da Arte Sacra”, habilitado com peritos e meios técnicos para tomar decisões e dar as orientações que se impõe.

Assim, a Cúria Diocesana alerta que «a Igreja e as outras instituições que estão no mesmo lugar mantêm o seu património e os seus serviços próprios, colaboram entre si na medida do possível, mas nunca se confundem». Recorde-se que foi publicado em “Diário da República”, no dia 7 de Fevereiro, a portaria do Ministério da Cultura que classifica a Igreja Matriz de Aldeia Viçosa, no concelho da Guarda, como Imóvel de Interesse Público por ser uma «peça única no panorama arquitectónico e artístico da Beira Interior». O estilo neoclássico do templo e os tesouros que possui no seu interior, nomeadamente o quadro quinhentista da “Virgem”, cuja autoria se atribui a Grão Vasco, foram essenciais para a classificação daquele templo reedificado em 1773, mas com data de construção ainda desconhecida.

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