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Crianças da Guarda entregam “Manifesto pelo Ambiente”

Joaquim Valente foi instado a recuperar Chafariz da Dorna

Cerca de 300 crianças de várias escolas da Guarda percorreram, na passada quinta-feira, os 7,3 quilómetros da Rota Natura, entre o Chafariz da Dorna e a praia fluvial de Aldeia Viçosa, para assinalar o Dia Mundial do Ambiente. A caminhada mobilizou também alguns vereadores e o presidente do município, a quem foi entregue um “Manifesto pelo Ambiente”.

Do documento fazem parte 15 pedidos, nomeadamente mais guardas florestais e fiscalização nas sucateiras, lixeiras a céu aberto e indústrias. As crianças pedem ainda aos empresários que evitem a poluição do ar e da água e querem «saber quem é o responsável pelos esgotos que vão dar ao rio Diz». À Câmara da Guarda são reclamados subsídios para a instalação de painéis solares nas instituições públicas, energia eólica gratuita e a substituição dos autocarros movidos a combustível por uma frota de veículos eléctricos, que «ficam mais baratos passado algum tempo». Já os guardenses devem «andar mais a pé e utilizar os meios de transporte públicos», além de separar o lixo reciclável. Joaquim Valente disse ter recebido o Manifesto com «bastante contentamento», uma vez que «as crianças são determinantes na mudança de comportamentos dos mais velhos». Quanto à poluição nalguns espaços de recolha de resíduos, o edil justifica-a com a falta de informação dos culpados e prefere falar no trabalho desenvolvido nos últimos anos. «O ambiente foi um dos sectores em que se evoluiu mais», garante.

O autarca foi ainda confrontado com o pedido de requalificação do Chafariz da Dorna e anunciou que a Câmara está «determinada em agarrar esse projecto», que já estará orçamentado e tem «algumas sugestões» do ex-IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico). A ideia é uma «intervenção completa», que até pode chegar às antigas instalações da Junta Autónoma de Estradas, ao lado do Chafariz dos Amores. Tanto assim que também «seria desejável que as bombas de gasolina saíssem das áreas urbanas», sugeriu. Tudo em prol de um ambiente melhor, para evitar o «”imposto da respiração”» pois, como escreveram as crianças, «o ar ainda é de todos».

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