Caso seja eleito presidente da Câmara da Guarda, Crespo de Carvalho pretende reorganizar os recursos humanos do município para que a «capacidade já instalada seja melhor aproveitada e colocada à disposição das pessoas», nomeadamente de associações, clubes ou Juntas. Esta foi uma das ideias defendidas pelo candidato do PSD durante a Convenção Autárquica realizada domingo na freguesia dos Trinta, em que apresentou as orientações estratégicas do seu programa eleitoral.
Assegurando que não pretende «libertar pessoas» da autarquia, Crespo de Carvalho salientou que «é preciso garantir que o quadro de pessoal da Câmara vai ser utilizado de forma diferente», porque «está a ser mal gerido». O candidato salientou que a sua equipa não se contentou com um programa, querendo antes ser «portadora de um projecto». Assim, e querendo contrariar a «falta de estratégia» que diz existir, o PSD apresentou um «projecto para 2020», de maneira a que a Guarda «olhe para o futuro». Quanto à «gestão do imediato» para os próximos quatro anos, elegeu quatro áreas: economia, saúde e educação/ensino, assegurando não apresentar «promessas, mas compromissos concretizáveis no curto prazo», lançando um repto a todos os apoiantes presentes: «É preciso trabalhar para que ganhemos as legislativas e as autárquicas. Sem isso não largaremos a gasta e pesada pegada socialista», realçou. Afirmou ainda que a Guarda «tem de ser a cidade da saúde e do bioclimatismo», sendo esta uma «opção estratégica que nos permite ser diferente das outras».
Continuando em tom de crítica, sustentou que «a capital de distrito não tem sido capaz de se afirmar como tal», sendo «fundamental» que «esteja de corpo inteiro» no âmbito da Comurbeiras. De resto, Crespo de Carvalho considerou «uma vergonha ainda termos aldeias e anexas sem saneamento básico e água potável», assegurando, por isso, que esta «é uma prioridade das prioridades». Disse também que «é fundamental fechar a Viceg» e que «é preciso criar condições para que se continue a viver nas aldeias», repetindo a ideia da criação de parques empresariais espalhados pelo concelho, sendo ainda «fundamental que o PDM seja revisto». Outra proposta é a revisão do contrato com a Águas do Zêzere e Côa, que «tem que ocorrer no futuro imediato», de modo a acabar com os «preços incomportáveis» praticados actualmente.
O candidato defendeu igualmente a «imediata privatização da PLIE», prometeu criar a figura do Provedor Municipal, que virá «obrigatoriamente da oposição», voltando a falar da «grande bandeira» do programa que é a criação do “Lusitânia Land”. Já na área social, considerou que «é preciso ajudar quem está desempregado», daí propor, entre outras medidas, «a isenção do IMI para todos os desempregados» do concelho.
Ricardo Cordeiro