A GNR identificou este ano mais 506 idosos a viver sozinhos ou isolados no distrito da Guarda do que em 2012. Os resultados da última operação “Censos Sénior”, que decorreu em todo o país entre 15 de janeiro e 28 de fevereiro, foram divulgados no final da semana passada e confirmam dados preocupantes.
A começar pelo facto do distrito da Guarda ter subido uma posição, sendo agora a terceira zona do país com mais idosos a viverem nessas condições. Em 2012, estavam referenciados 1.912 pessoas, em 2012 esse número passou para 2.418, ou seja, aumentou 26,5 por cento, mais que a média nacional (22,6 por cento). Segundo o Comando Territorial da Guarda, os idosos sinalizados no distrito representam 8,6 por cento do total nacional, sendo que dos 2.418 referenciados, 1.833 vivem sozinhos (+ 46,9 por cento em relação a 2012), 405 vivem isolados (- 14,2 por cento) e 180 vivem sozinhos e isolados (- 6,3 por cento). Neste recenseamento a GNR encontrou também 25 idosos que necessitam de acompanhamento por parte de instituições de apoio social locais, «fruto das condições precárias em que vivem», tendo os casos sido participados às entidades competentes.
Em termos distritais, Celorico da Beira é o concelho com mais casos de isolamento (357), seguido de Pinhel (354), da Guarda (328) e de Trancoso (289) – ver quadro. O município de Fornos de Algodres ocupa o último lugar, com apenas oito idosos a viver isolados. No país, a GNR identificou 28.197 pessoas nessas condições, mais 5.196 do que no ano passado. Viseu tem o um maior número de situações (3.315), seguido de Bragança (2.586), Guarda (2.418), Évora (2.373), Beja (2.047) e Castelo Branco (2.007). Em contrapartida, os distritos com menos idosos a residirem sozinhos ou isolados são os de Setúbal (222), Lisboa (427), Viana do Castelo (553), Aveiro (763) e Leiria (864). Na Guarda, a GNR mobilizou 510 militares nos “Censos Sénior”, que efetuaram 259 ações de patrulhamento/sensibilização, adiantou o Comando Territorial. A operação teve por objetivo a atualização do registo dos idosos que vivem sozinhos ou isolados e a identificação de novas situações, passando todas estas residências a estar georreferenciadas para a posterior realização de um patrulhamento orientado para esta população específica. Por outro lado, os militares aproveitaram a oportunidade para sensibilizar esta população para comportamentos de segurança.
Luis Martins