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Covilhã não consegue agarrar primeiro lugar

“Leões da Serra” dominaram líder Mafra, que jogou para não sair derrotado

Perante muito público, o Sporting da Covilhã desperdiçou domingo uma excelente oportunidade para, pela primeira vez nesta temporada, assumir a liderança da Zona Centro da IIª Divisão B. Frente ao Mafra, que não mostrou argumentos para ocupar o primeiro lugar, os “Leões da Serra” exerceram um domínio acentuado, principalmente no segundo tempo, mas nunca conseguiram chegar ao golo. A equipa de Fanã pode ainda queixar-se da arbitragem, já que perto do final parece ter ficado por marcar uma grande penalidade.

O Mafra apresentou-se muito defensivo, jogando com uma defesa e um meio-campo superpovoados, e apenas Santiago e Mário Pedro na frente. Os primeiros minutos foram bastante equilibrados, com a equipa da casa, que alinhou com Milton, reforço vindo do Estoril, a não encontrar soluções para contrariar a táctica do adversário. Luizinho foi o autor dos primeiros remates dos serranos, perto do quarto-de-hora de jogo, mas o avançado atirou forte e sem a melhor direcção. Aos 17’, Real cometeu um deslize na área, que o surpreendido Jójó não soube aproveitar. Com o Mafra a “tapar” todos os caminhos para a sua baliza, apenas aos 38’, de livre, o Covilhã voltou a criar perigo. Contudo, nem Tarantini, nem Real conseguiram dar o melhor seguimento à bola. Aos 41’, depois de ver a equipa perder alguns lances de forma infantil, Fanã fez entrar o goleador Oliveira para o lugar do desinspirado Tarantini. Na segunda metade, o Mafra continuou a abusar da táctica do “ferrolho”, mas o Covilhã entrou com outra atitude, dominando por completo o encontro, dispondo mesmo de algumas ocasiões que justificavam a vitória.

À hora de jogo, Oliveira desperdiçou uma das melhores ocasiões do jogo, quando, após receber a bola com liberdade na área, rematou forte e cruzado, mas por cima. Quatro minutos depois, Cunha bateu um livre na esquerda, com Luizinho a desviar de cabeça para o esférico sair rente ao poste direito. Com o líder do campeonato remetido à defesa, Oliveira voltou a criar perigo aos 77’. Depois de um bom trabalho à entrada da área, o avançado brasileiro rematou rasteiro e obrigou Leão a defender com a ponta dos dedos. Entretanto, no único verdadeiro remate dos visitantes em toda a segunda parte, Santiago forçou Luís Miguel a uma boa defesa. A jogada foi uma excepção, já que o Covilhã voltou a pegar nas rédeas da partida. Ainda houve tempo para dois remates ao lado de Milton e Cunha, antes de, aos 93’, acontecer o caso da tarde na última jogada do encontro. É que Real parece ter sido puxado por um adversário na área após um cruzamento de Cunha, mas o árbitro nada assinalou. De resto, Rui Tavares pactuou com algumas entradas mais duras e as constantes percas de tempo dos jogadores visitantes. No final, Fanã mostrou-se inconformado com o nulo: «Sem fazermos um grande jogo, pelo que aconteceu na segunda parte, julgo que mereceríamos, pelo menos, um golo», disse, garantindo que o Covilhã continua na luta e que prefere ser primeiro «no final de Maio do que à entrada para a segunda volta». Pelo lado do Mafra, Vítor Móia reconheceu que o empate foi um «bom resultado».

Ricardo Cordeiro

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