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Cortes no PIDDAC preocupam PS albicastrense

Fernando Serrasqueiro augura «cenário negro» para 2004

Definidas as verbas do Programa de Investimento das Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para 2004 para as diferentes áreas e distritos, os cortes previstos auguram «um cenário negro» para Castelo Branco. Quem o afirma é o deputado socialista Fernando Serrasqueiro, que revelou estar «preocupado» com o futuro do distrito e da região, ainda para mais quando o parecer do Conselho Económico e Social (CES) aponta para a desvalorização das áreas sociais como a saúde, a segurança social, a habitação e o ambiente no Orçamento de Estado (OE) do próximo ano.

Assim, Fernando Serrasqueiro avizinha «perspectivas difíceis» para o ano que vem com a redução de 542 milhões de euros em relação ao PIDDAC 2003. «Tudo leva a crer que teremos as dificuldades mais agravadas no próximo ano», receia, tendo em conta que «a quebra no investimento público [uma das medidas contempladas pelo Governo de coligação] poderá levar a menos investimento privado», contribuindo assim para «menos empresas e mais desemprego» e à incapacidade de Portugal utilizar os fundos comunitários que tem ao dispor. «Se o investimento público e privado diminui, como é que Portugal pode crescer», interroga. Estas medidas serão, no seu entender, mais prejudiciais para o interior do país e, essencialmente, para o distrito de Castelo Branco, que «não tem tido» com o Governo PSD-PP «o investimento conseguido com o Executivo PS», que canalizou obras essenciais ao desenvolvimento, tal como a auto-estrada da Beira Interior (A23), a Faculdade de Medicina, a modernização da Linha da Beira Baixa ou a Escola de Enfermagem em Castelo Branco.

«Fomos o distrito que mais decresceu em investimento no PIDDAC», acusa Serrasqueiro, lamentando que a maioria das obras que o actual Governo prometeu «não está iniciada ou está em anteprojecto». E exemplifica com os casos da Faculdade de Medicina, contemplada em PIDDAC, ou do IC8. «É preciso haver obra e não conhecemos nenhuma», denuncia o socialista, para quem é fundamental ter em conta o estudo desenvolvido por Daniel Bessa sobre o “Portugal Deprimido” (ver última edição) a reclamar «mais incentivos e mais meios». Serrasqueiro espera ver no Governo «poder e capacidade política» para levar a cabo as medidas aconselhadas por Daniel Bessa para desenvolver a Beira Interior e a zona do Pinhal: a construção do Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologias da Covilhã, a conclusão do Regadio da Cova da Beira e a exploração da marca da Serra da Estrela para impulsionar o turismo. E exige por isso a modernização do aeródromo da Oleiros e de Vila de Rei, a modernização do Centro Hospitalar da Cova da Beira e medidas de apoio para com as vítimas dos incêndios.

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