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Corridas Saltos Lançamentos

É um prazer e uma oportunidade a não desperdiçar. Ao fim da tarde, via RTP2, até 31 de Agosto, imagens espectaculares, em directo, dos mundiais de atletismo, Paris. A nata dos atletas presente, disputa-se ao centésimo, ao milímetro, a vitória, o apuramento ou tão-somente a superação da marca individual. É a lógica do atletismo, a superação, o record, a marca. É essa também a lógica do desenvolvimento. E o que dizer perante os sonhos desfeitos, como o caso daquele atleta que se recusou a aceitar a desqualificação numa série de 100m, deitando-se na pista e dizendo que não saía, chorando quando compulsivamente o foi obrigado a fazer? A competição é cruel. Mas neste caso a alteração que foi feita em relação às falsas partidas (eliminando à segunda, independentemente de quem tenha sido o causador da primeira) é uma inovação destes mundiais, que choca quem estava há muito habituado ao anterior procedimento. É uma medida que parece obedecer mais a imperativos da ordem do espectáculo do que propriamente em ordem à verdade e justiça desportiva. Por certo os horários e as TVs a isso obrigaram. Só que provavelmente iremos assistir ao recurso sistemático à primeira falsa partida, para daí se tentar criar pânico aos adversários na segunda saída. Talvez o melhor fosse desqualificar desde a primeira falsa partida. Seria mais benéfico e mais justo para todos. Mas deixemos estas questões de índole técnico-regulamentar e vejamos o que têm para nos oferecer os presentes mundiais. Ontem, 25, correram-se as meias-finais dos 1500m. Rui Silva com uma corrida tacticamente exemplar classificou-se na sua série em 2º, atrás do marroquino Hicham el Guerrouj, o grande favorito à vitória final (uma das principais figuras destes mundiais). Na outra série, chamou a atenção a facilidade e a frescura com que o francês Mehdi Baala, desferiu o seu ataque vitorioso. Prevê-se pois uma final emocionante (a não perder dia 27, às 20h00). Rui Silva não vai ter tarefa fácil mas sonhar nunca pagou imposto. Ainda na disciplina dos 1500 mas femininos, e logo a seguir à final do Rui Silva iremos ter a entrada em competição da Carla Sacramento. Se tudo correr normal apurar-se-á para as meias-finais, dia 29. A final será no dia 31. Nas corridas são estes os nossos ases. Claro que gostaríamos de ver já nestes mundiais a nossa congénere Inês Monteiro. Pelos vistos ainda não foi desta que conseguiu o apuramento mas com o tempo lá a teremos e então serão todos os Guardenses a correr os mundiais. Uma palavra para o atletismo distrital. A saída de José Costa de Director técnico Regional para fazer parte dos quadros da Direcção Técnica Nacional na FPA, ficando a coordenar o departamento de desenvolvimento do atletismo, se por um lado é uma perda para a Guarda, pelo bom trabalho que vinha desenvolvendo, por outro é o reconhecimento institucional do bom trabalho desenvolvido. O olho clínico do professor Fernando Mota não deixou passar em claro as qualidades e capacidade de trabalho de José Costa. Para ele os votos de continuação de um bom trabalho. Para a Guarda a certeza de que com José Costa num alto cargo da Federação de Atletismo a cidade e a região só terá a ganhar.

Por: Fernando Badana

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