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Continua a greve na PJ

Agentes paralisaram na passada terça-feira em protesto às medidas do Governo

O Departamento de Investigação Criminal da Policia Judiciária (PJ) da Guarda cumpriu, na última terça-feira, mais um dia de greve contra as medidas implementadas pelo Governo, no âmbito da greve selectiva que vai durar até 18 de Abril em todas as unidades do país. A adesão à greve foi de cerca de 85 por cento.

Com esta greve os investigadores pretendem conseguir a implementação dos regimes de aposentação, assistência na saúde e remuneração do trabalho extraordinário negociados e acordados com o Governo. Apesar do acordo ter sido conseguido com extensas cedências dos investigadores, «os diplomas legais ou não foram publicados ou, sendo publicados, não respeitaram o negociado que, não será demais sublinhar, correspondia a propostas da iniciativa do próprio Governo», refere o comunicado do ASFIC/PJ do Departamento de Investigação Criminal da Guarda. A Associação Sindical exige também conhecer o projecto do Governo para a Polícia Judiciária num momento em que as reduções orçamentais começam a ter repercussões na sua operacionalidade e suscitam fundadas dúvidas sobre o que é pedido à investigação criminal. No que respeita ao departamento da Guarda, «após vários anos sem aumentos de ordenado, após o congelamento da progressão na carreira, os investigadores passam agora a ser uma das fontes de financiamento da instituição», justifica o documento. Para além da «não remuneração do trabalho extraordinário, encontram-se em dívida as ajudas de custo e as remunerações devidas pelo serviço de piquete e de prevenção relativas a todo o ano de 2006», refere o mesmo comunicado. No final, o sindicato alerta ainda para «o não reforço orçamental do Departamento, que poderá paralisar completamente antes de Junho».

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