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“Contact center” cria 300 empregos na Covilhã

Cidade vai ter novo mercado municipal na zona do cemitério com 5 mil metros quadrados

Vai ser formalizada na próxima semana a cedência do último piso do mercado municipal da Covilhã para a instalação de um “contact center” que deverá criar cerca de 300 postos de trabalho, a partir de Outubro. No futuro, a oferta de emprego deverá duplicar. Entretanto, a Câmara deliberou lançar o concurso público para a construção de um novo edifício para o mercado na zona envolvente ao cemitério.

Carlos Pinto fez questão de esclarecer que a estrutura a criar no último piso do mercado, ligada à área das telecomunicações, destina-se a «operadores telefónicos de vários serviços» e que «não é exclusivo de uma única empresa», ao contrário do que um jornal regional publicou recentemente. Contudo, não quis revelar o nome da firma responsável pelo investimento, remetendo mais detalhes para a assinatura do contrato na próxima quarta-feira, sendo que este investimento «arrancará em pleno a 1 de Outubro». O edil adiantou ainda que, «a prazo», aquele edifício vai acolher uma área de novas tecnologias e telecomunicações com capacidade para empregar entre 550 a 600 pessoas. Isto quando estiver concretizado o projecto do novo mercado municipal, a construir na zona envolvente ao cemitério e que terá cerca de cinco mil metros quadrados, «três vezes mais» que a área actual. Num único piso ficarão concentradas as áreas de produtos frescos, talho, peixaria, charcutaria, pastelaria e «outras actividades comerciais como bares e restaurantes». Haverá ainda estacionamento gratuito para cerca de 250 viaturas no rés-do-chão, ficando o terraço do último piso a funcionar como zona de apoio aos serviços inerentes ao cemitério.

Quanto aos comerciantes do terceiro piso do mercado actual, entre «10 a 15», segundo Carlos Pinto, serão instalados no terraço do edifício do Sporting, «por mera compreensão da Câmara, visto que não havia vínculo», sublinhou. Para tal, a autarquia está a elaborar um projecto enquadrável com uma estrutura amovível para os comerciantes ali serem instalados «dentro de pouco tempo». Já as obras do novo mercado, poderão arrancar «no início do próximo ano», estima o autarca.

Campo das Festas poderá ver nascer um “shopping”

A Câmara deliberou ainda fazer uma consulta ao mercado para receber propostas de ocupação do Campo das Festas, onde o edil pretende ver um novo centro comercial, até porque diz «não gostar de monopólios». Além de uma verba em dinheiro, o município estabeleceu também a obrigatoriedade da construção de um novo quartel dos Bombeiros na zona da Estação, aproveitando o edifício da antiga central eléctrica, para os interessados na ocupação do campo, localizado próximo do centro da cidade. Na zona da Estação a autarquia pretende ainda construir um terminal inter-modal, que «já está em projecto» e prevê uma nova estação de caminho-de-ferro e central de camionagem. Sem querer falar em datas para a concretização destas projectos, cujo investimento global ronda os 50 milhões de euros, o edil sempre adianta que gostaria de criar um «triângulo» de atracções com o novo mercado e Campo das Festas, zona da Estação e Centro Cívico, «dinamizando a circulação de pessoas pela cidade».

Sobre este conjunto de «decisões estratégicas», a Câmara anunciou que pretende auscultar a cidade, ficando disponíveis no site da autarquia, até final de Maio, um conjunto de documentos sobre estes empreendimentos. No entanto, os vereadores da oposição voltaram a queixar-se de não receberem «atempadamente» informação sobre os projectos, frisando que «ainda faltam muitos dados», o que suscita «muitas dúvidas». Por isso, Victor Pereira e Miguel Nascimento abstiveram-se nestes pontos. «Já ouvimos falar de aeroportos, metros de superfície, centros de artes e outras coisas levadas até à exaustão na comunicação social, mas que depois não se concretizam», ironizou este último.

Ricardo Cordeiro

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