Depois de ter anunciado que as taxas moderadoras nas urgências vão duplicar, o Ministério da Saúde avança agora que o preço das consultas de especialidade nos hospitais também vai subir para dez euros já em janeiro – o triplo do valor pago atualmente pelos utentes, adiantou o “Diário de Notícias” na segunda-feira.
Nos hospitais distritais, a taxa moderadora das consultas era, até agora, de 3,10 euros e passa a ser de dez euros. O mesmo jornal, que cita fonte do Ministério da Saúde, diz que os atendimentos urgentes em centros de saúde, como os dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP), também vão registar um aumento de 3,80 para dez euros. O mesmo valor que terão as consultas de especialidade nos hospitais centrais, que até agora custavam 4,60 euros. Isto faz com que deixe de haver diferença de preços entre consultas em hospitais distritais e centrais. As taxas serão cobradas no momento ou, em alternativa, o utente dispõe de dez dias para efetuar o pagamento, incorrendo numa coima se não o fizer.
De acordo com o ministro da Saúde, as urgências polivalentes vão passar a custar 20 euros e as básicas 15 euros. Já as taxas moderadoras nos centros de saúde vão subir para cinco euros (atualmente são 2,25 euros) – o que representa uma duplicação todos os casos. No entanto, em nenhuma urgência, juntando as taxas pagas pelos exames complementares de diagnóstico, o valor poderá ultrapassar os 50 euros, garantiu a tutela. Ainda de acordo com o “Diário de Notícias”, cada vez mais as consultas não urgentes nos hospitais vão depender de redes de referenciação por especialidades médicas, que têm sido trabalhadas pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). Ou seja, o doente só deverá chegar ao hospital quando encaminhado pelo médico de família.