O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou na sexta-feira, após uma reunião no Governo Civil da Guarda, que a construção do novo quartel e comando da GNR vai arrancar no segundo semestre deste ano, devendo estar concluída em 2011. Sem datas permanece o processo relativo às novas instalações da PSP, actualmente em fase de projecto, que continuam previstas para a zona onde está agora a GNR, desconhecendo-se ainda se será uma construção de raiz.
«A obra do novo quartel da GNR tem duração estimada de um ano e, portanto, contamos inaugurá-la em 2011», afirmou Rui Pereira, sem revelar o investimento, por considerar «prematuro adiantar números». Tal como previsto, a infraestrutura vai ser erguida num terreno localizado no parque industrial, junto à Via de Cintura Externa da Guarda (VICEG), cedido pela Câmara. A área total de implantação é de 20 mil metros quadrados «e a coberta será de nove mil», adiantou o ministro. «Vamos fazer uma instalação que responde a todas as necessidades operacionais da GNR», realçou. Quanto à nova esquadra e comando distrital da PSP, reivindicada há mais de 20 anos, o governante assegurou que a obra avançará logo que o projecto, que está a ser elaborado numa parceria entre a Direcção-Geral de Infra-estruturas e Equipamentos e a própria PSP, esteja concluído. «Queremos iniciar a obra o mais rápido possível», acrescentou.
«Temos a área construída da actual GNR, que pode ser aproveitada, ou então construímos um edifício de raiz, mas tudo depende do estudo que estamos a desenvolver sobre custos e tempos de construção», explicou Rui Pereira, ao referir que a área do antigo quartel de Regimento de Infantaria nº12 «é vasta» e que, por isso, estão a ser ponderadas várias possibilidades. «O essencial é que a construção responda às necessidades operacionais da PSP, que haja bons acessos, capacidade para instalar todas as valências e ainda instalações dignas para os elementos que servem nas forças de segurança», disse ainda. Recorde-se que a PSP funciona em instalações do edifício do Governo Civil e que, por falta de espaço, as secções de investigação criminal e de trânsito estão noutras zonas da cidade. «Sem haver quartel da GNR não se dá o passo para que se possam resolver os problemas da PSP», considerou, por seu turno, o presidente da Câmara, congratulando-se com a possibilidade da autarquia poder avançar com a «valorização urbanística» da zona do antigo quartel.
«Todo aquele terreno tem de ser gerido urbanisticamente por forma a receber, antes de mais, as novas instalações do comando da PSP. O sobrante terá de ser estudado sob o ponto de vista urbanístico», disse Joaquim Valente. A intervenção irá permitir «o reencontro do espaço com a própria cidade, sem esquecer as novas acessibilidades para o TMG», acrescentou o autarca, recordando que já existe um projecto de «estudo urbano» para a zona. Já o Governador Civil, Santinho Pacheco, considerou que «a função da PSP é actuar na área urbana e, como tal, esta localização é a ideal». Além disso, admitiu que, com esta opção, o TMG vai «ser dignificado, com a futura praça a assumir-se como fundamental no arranjo urbanístico».
Centro de Educação Rodoviária na calha
O Governo Civil e o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) iniciaram conversações no sentido de criar na cidade um Centro de Educação Rodoviária, à semelhança do que existe em Salamanca.
«Foi abordada a possibilidade de se assinar um protocolo para criar, no âmbito do IPG, este Centro, em parceria com Salamanca, e o Ministério da Administração Interna está disponível para ser parceiro no projecto através da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária», anunciou Rui Pereira. O ministro disse que o trabalho desenvolvido em Salamanca, que serve toda a Espanha, «é conhecido das forças de segurança» nacionais, sendo que ali se «ministram várias acções de formação no domínio da prevenção e da segurança rodoviária». O Governador Civil revelou que a ideia é que a estrutura guardense «possa existir para servir Portugal inteiro». Para Santinho Pacheco, «a educação tem um papel fundamental na preparação dos condutores de amanhã».