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Construção de quartel dos bombeiros de Famalicão novamente a concurso

O procedimento foi publicado anteontem no “Diário da República” e com o preço-base de 577.862 euros, um valor inferior ao do concurso lançado em 2013 e que ficou deserto

A construção do quartel de bombeiros de Famalicão da Serra (Guarda) está novamente a concurso. O procedimento foi publicado anteontem no “Diário da República” e com o preço-base de 577.862 euros, um valor inferior ao do concurso lançado em 2013 e que ficou deserto. A apresentação de propostas decorre até dia 25 deste mês.

«Estamos a por o processo em andamento, tal como há três anos, mas ainda não há nada em concreto em termos de apoios», refere o presidente da direção da Associação Humanitária. António Fontes adianta que a instituição continua «sem certezas» relativamente ao cofinanciamento do projeto, existindo apenas «a expetativa» de apoios. «Só vendo preto no branco é que acredito, mas até lá temos que fazer tudo o que nos compete até que haja essa ajuda», afirma o dirigente da mais nova corporação de bombeiros do distrito da Guarda, fundada em 2007. De resto, as candidaturas ao “Portugal 2020” para apoios para a construção e remodelação de quartéis terminavam amanhã (dia 5), mas foram prolongadas até dia 12. «Vamos esperar serenamente pela decisão do Governo porque há três anos não nos foi nada aprovado e a construção do quartel teve que ser adiada», recorda António Fontes.

Recentemente, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, anunciou «para breve» a resolução deste processo, mas o presidente da Associação Humanitária prefere «ver para crer», acrescentando que «a esperança é a última coisa a morrer». Quanto à redução do custo do projeto, inicialmente da ordem dos 650 mil euros, António Fontes justifica que se deve «a uma portaria nova sobre as condições e as áreas que os quartéis têm que ter». Há quase meia década que a corporação, fundada após ser secção destacada dos bombeiros de Gonçalo, funciona na garagem da casa paroquial sem condições para os seus 56 elementos trabalharem. O futuro quartel vai surgir num terreno já adquirido para o efeito. Segundo António Fontes, a Câmara da Guarda já se comprometeu a suportar «85 por cento da componente nacional, relativa a 15 por cento do investimento total, e a associação vai assumir a restante verba dessa percentagem estando prevista a realização de uma campanha de angariação de fundos».

Em 2013, a candidatura apresentada para obter apoio financeiro para o quartel não foi aprovada pela Estrutura de Missão para a Gestão dos Fundos Comunitários com o argumento de que «à data da submissão da candidatura o concurso já devia estar entregue ao empreiteiro». Em julho passado, o presidente da direção da Associação Humanitária dizia que era «impossível funcionar numa subcave onde não existe entrada de ar, nem de luz, que não tem janelas e os carros ficam estacionados ao longo de ruas», exemplificando que o gabinete da direção «é também o gabinete do comando e a camarata feminina».

Luis Martins Há quase meia década que a corporação funciona sem condições na garagem da casa paroquial

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