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Constantino Rei reeleito presidente do IPG com seis votos brancos

Professor considerou que a votação foi «exatamente» a que tinha previsto e que é benéfico haver «discussão e divergência»

Constantino Rei foi reeleito presidente do Instituto Politécnico da Guarda para mais um mandato de quatro anos na tarde da última sexta-feira. Na reunião do Conselho Geral – órgão que integra professores, alunos, funcionários e representantes da comunidade -, o candidato único acolheu 25 votos a favor e seis brancos, tendo dois dos 33 conselheiros faltado à votação.

No final do escrutínio, Constantino Rei confessou que a votação registada foi «exatamente aquela que eu tinha previsto», daí não haver «surpresa absolutamente nenhuma na minha perspetiva» e ser «absolutamente normal», recordando que há quatro anos até recebeu menos votos [22 votos a favor, oito brancos e um nulo]. O presidente reeleito sustentou que «o facto de ser candidato único não significa que haja unanimidade e eu não me preocupo e não trabalho no dia a dia, nem faço a minha gestão a procurar ter unanimidade dos votos, bem pelo contrário. Gosto que haja discussão e divergência porque é a partir delas que se constroem as melhores soluções». De resto, o docente de 52 anos, natural de Prados (Celorico da Beira), realçou que «quando nós não agradamos a toda a gente é natural que haja pessoas que não tenham votado em mim. Ficaria surpreendido era se sucedesse o inverso». «Fiz obviamente a minha análise do conhecimento que tinha das pessoas, mas claro que não vou dizer nem ninguém pode garantir que foram as pessoas que eu esperava que se abstivessem que votaram a favor ou vice-versa», indica Constantino Rei. O doutorado em Economia e antigo diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG sustenta que votação obtida é «significativa, inequívoca» e que «ninguém pode colocar em causa a legitimidade da eleição», daí estar «absolutamente tranquilo e disponível para continuar a trabalhar como sempre fiz até hoje».

Para o seu segundo mandato, o presidente reeleito sustentou que «vamos dedicar uma especial atenção para tentar ver, dentro daquilo que são os novos públicos, os novos mercados, se conseguimos, pelo menos, estagnar o processo de emagrecimento e de decréscimo dos alunos e tentar recuperar mais alunos para alguns cursos, nomeadamente através dos mercados internacionais». O docente pretende também «tentar construir um modelo ou um programa de atração de novos estudantes», a juntar ao programa oficial do Governo, que permita ao IPG «captar mais alguns alunos» para os seus cursos. Outra preocupação de Constantino Rei vai no sentido de colocar a instituição «ao serviço da sociedade, das empresas, das organizações e das associações da região, porque o novo Quadro Comunitário está à porta e o papel das instituições de ensino superior é fundamental neste novo quadro». Neste sentido, o professor quer ainda «alinhar» o plano estratégico do IPG «muito com o plano estratégico da Região Centro e da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela». O responsável adiantou que o resultado da eleição segue agora para homologação, para o Ministério da Educação e Ciência, e a sua tomada de posse poderá ocorrer na primeira semana de dezembro, por ocasião do Dia do IPG.

Conselho Geral integra 10 membros da comunidade

Presidido por José Alves, antigo presidente do IPG, o Conselho Geral é composto por 33 conselheiros, 23 da comunidade escolar entre docentes, alunos e funcionários, a que se juntam mais 10 elementos externos à instituição. São eles Álvaro Amaro e Carlos Filipe Camelo, respetivamente presidentes das Câmaras da Guarda e de Seia, Carvalho Rodrigues, convidado na condição de cientista e atual presidente da Assembleia Municipal da Guarda, D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, Marco Loureiro, antigo presidente da Associação Académica, Pedro Tavares, presidente do Nerga, e Vasco Lino, presidente da Unidade Local de Saúde da Guarda. Fazem ainda parte do CG os representantes da Ordem dos Engenheiros e da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, para além do presidente daquele que é o órgão máximo da instituição.

Ricardo Cordeiro Constantino Rei sustentou que «ninguém pode colocar em causa a legitimidade da eleição»

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