Ao que tudo indica, o congresso federativo do PS da Guarda vai mesmo realizar-se no sábado, em Vila Nova de Foz Côa. Isto porque a Comissão Nacional de Jurisdição ainda não se pronunciou sobre o recurso de António Saraiva da decisão de mandar repetir as eleições para a presidência da Federação e delegados tomada pela Comissão Federativa de Jurisdição (CFJ).
Na sexta-feira, a CFJ deu provimento ao recurso apresentado por Eduardo Brito. O candidato tinha desistido do ato eleitoral, ganho por António Saraiva, em protesto pela exclusão de seis listas a delegados ao congresso, e impugnado as eleições. O órgão jurisdicional distrital deu-lhe razão após uma primeira reunião inconclusiva realizada na quarta-feira. No entanto, a decisão não foi unânime, já que o presidente da comissão, Carlos Martins, teve que usar o voto de qualidade para desempatar a votação final, uma vez que três elementos votaram a favor da repetição das eleições e outros três contra.
A comissão é composta por sete militantes, mas um faltou à reunião da passada sexta-feira. Há quinze dias, António Saraiva tinha ganho com 524 votos entre 571 votantes dos 1.349 inscritos. Eduardo Brito esteve na corrida à presidência da Federação guardense até à véspera das eleições, tendo desistido por considerar que havia «falta de liberdade e de democracia» no processo eleitoral.