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Confusão continua na Jopilã

Administração respondeu ao pedido de suspensão de contratos com rescisão

A fábrica Jopilã Fiação, dos Trinta, já respondeu às cartas enviadas, na semana passada, pelos 36 trabalhadores. Na terça-feira da semana transacta, os operários reuniram com o sindicato à porta da empresa para formalizarem o pedido de suspensão dos contratos a partir de ontem, com base na lei dos salários em atraso.

A administração da Jopilã respondeu, mas com um documento a indicar a rescisão de contratos. «Quero acreditar que foi por desconhecimento ou engano», refere Carlos João, do Sindicato dos Têxteis da Beira Alta (STBA). «O documento foi mal elaborado e agora estamos a tentar resolver a situação junto da Segurança Social e do Centro de Emprego», esclarece. Depois de terem obtido uma resposta por parte do patronato na sexta-feira passada, os trabalhadores podiam inscrever-se no Centro de Emprego a partir da última segunda-feira. «Só que quando lá chegaram depararam-se com a rescisão dos contratos e não com a suspensão», adianta o dirigente sindical. «Penso que não foi por má fé que a administração reagiu assim», acredita. «É que se não se desse pelo erro, os trabalhadores perderiam o direito às indemnizações, uma vez que só têm dois meses de salário em atraso», explica. Agora, tudo indica que a empresa parta para o pedido de insolvência. Só depois os trabalhadores podem começar a reclamar créditos – os salários em atraso e as indemnizações a que têm direito. Entretanto na Efilã – também nos Trinta – onde os trabalhadores pediram a suspensão de contratos, continuam a laborar apenas cinco funcionárias.

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