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Confecções Proud Moments despede 120 trabalhadoras

«O Governo optou pelo desemprego», acusa o presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB)

As 120 trabalhadoras das confecções Proud Moments, no parque industrial do Fundão, receberam, na passada quinta-feira, as cartas de despedimento da empresa que estava paralisada desde Outubro de 2009.

A fábrica deve às funcionárias o salário de Outubro e uma parte de Setembro de 2009, assim como subsídio de Natal e parte do subsídio de férias. «São valores que vão ser reclamados no processo de insolvência», adiantou Luís Garra, presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB), que não antevê, para já, perspectivas de reactivação da unidade. Desde Outubro que a administração estava a tentar obter apoios do Governo para viabilizar o funcionamento da fábrica, ajudas também reivindicadas pelo STBB e pela Câmara do Fundão, mas que não foram concedidas. «A Proud Moments devia ter sido viabilizada, mas o Governo optou pelo desemprego», criticou Luís Garra, alertando para as consequências sociais e económicas de mais este encerramento no concelho do Fundão.

«O poder politico fundanense, não apenas a Câmara, mas todos os partidos, estão a ver cair o Fundão. É o fecho de empresas, a possibilidade de fecho de escolas, o previsível encerramento de extensões de saúde e a acentuação do processo de desertificação», exemplificou. Para o dirigente sindical, «tem que haver um apelo à mobilização cívica, porque a situação, que é grave em todo o país, assume especial intensidade no Fundão».

Segundo Luís Garra, a Ermar, outra confecção com 20 trabalhadoras, que funcionava ao lado da Proud Moments, também está paralisada desde Maio. «As trabalhadoras suspenderam os contratos por causa de salários em atraso», adiantou.

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