O município de Seia é uma das 16 entidades que vão iniciar o processo de constituição de uma rede nacional oficial de turismo industrial para desenvolvimento integrado do setor.
A iniciativa foi divulgada no IIº Encontro de Turismo Industrial, realizado recentemente em São João da Madeira. O projeto inclui instituições como as que representam a Rota da Filigrana de Gondomar, a Rota do Têxtil de Famalicão, a Rota da Eletricidade de Seia, a Rota do Mármore de Anticlinal de Estremoz, os Circuitos do Setor Vidreiro da Marinha Grande e a futura Rota do Móvel de Paços de Ferreira. Segundo os promotores, a Câmara de São João da Madeira será coordenador do grupo de trabalho que fará o levantamento das necessidades para criação formal da Rede Portuguesa de Turismo Industrial». Entretanto, serão promovidas diversas iniciativas que promovam e apoiem a criação de projetos de Turismo Industrial, que demonstrem ser «relevantes para a oferta turística nacional».
Em Seia, o município e quatro empresas de setores tradicionais juntaram-se em abril de 2016 para criar a Rota da Eletricidade e dar a conhecer o património industrial do concelho. O objetivo é disponibilizar um itinerário turístico-cultural que conta, numa primeira fase, com a colaboração dos Curtumes Fabrício, da Lacticínios Correia & Barreiras, da Mesclalva e das Malhas Pinto Lucas. O percurso deverá também incluir o Castro de São Romão, cuja valorização foi protocolada entre a Câmara, a União das Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros, a arqueóloga Rita Saraiva e Joaquim Camello, proprietário do terreno onde se situa este povoado descoberto por Martins Sarmento aquando da expedição científica à Serra da Estrela, em 1881. Trata-se de um castro característico do Bronze Final na zona centro do país, «com um inegável valor histórico e arqueológico reconhecido pela comunidade científica», refere a autarquia.
