A partir do meu 2º ciclo fui sempre integrado, juntamente com outros colegas que partilhavam de condição semelhante (alunos do ensino articulado), em turmas de ensino regular. Tudo mudou quando nos matriculámos no oitavo ano, pois foi formada uma turma apenas com alunos que frequentavam o ensino articulado. A Escola Secundária Afonso de Albuquerque foi a escolhida pois desde logo se demonstrou aberta ao diálogo e também era onde se encontrava maior número de alunos nesta condição. Começou então o ano letivo que eu considerei piloto, pois foi um ano experimental, onde se detetaram todas as falhas passíveis de correção, para que um próximo ano se desenrolasse de forma mais regular e simples.
Uma das mais importantes falhas foi a nossa sobrecarga horária, pois em relação a turmas do ensino regular tínhamos cerca de duas a três horas a mais, a qual foi corrigida este ano, em que passámos a ter a mesma carga horária que os outros alunos.
Apesar de tudo, ainda existe falta de diálogo e articulação entre o Conservatório e a Escola Afonso de Albuquerque, algo que se demonstra mais nitidamente na justificação/ injustificação de faltas derivadas a concertos ou outras atividades, sendo esta uma das lacunas que eu e os meus colegas achamos mais pertinente.
A média de resultados da minha turma está um pouco acima do normal, o que eu acho que se deve ao facto de esta ter poucos elementos e os professores conseguirem assim lecionar de uma forma mais pormenorizada, mais dirigida a cada um dos alunos, pois é possível com poucos elementos resolver todas as dúvidas ou dificuldades.
Para concluir, ainda há muito a melhorar, mas admito que nos últimos dois anos o progresso foi crescente e proporcionou-nos melhores condições de aprendizagem.
Francisco Garcia (9º E)