O primeiro comboio elétrico chegou no domingo à estação da Covilhã via Linha da Beira Baixa.
A REFER deu como concluídas na semana passada as remodelações levadas a cabo no troço Castelo Branco-Covilhã, pelo que o serviço comercial com tração elétrica teve iniciou no último dia de julho. A primeira composição era proveniente de Lisboa e, segundo a CP, «a melhoria das condições de circulação vai permitir a redução dos tempos de percurso entre Castelo Branco-Covilhã na ordem dos 20 minutos». Em comunicado, a REFER adiantou que o investimento total ascende a mais de 100 milhões de euros e consistiu na eletrificação de 71 quilómetros de ferrovia entre aquelas duas cidades, na retificação do traçado para permitir velocidades de 120 quilómetros/hora (comboios convencionais) e de 140 km/h (pendulares) e na construção de passagens inferiores e desniveladas. Foi ainda alterado o “layout” das estações de Vale de Prazeres e da Covilhã, estabilizados taludes, reabilitados os túneis da Fatela e da Gardunha e instalados novos sistemas de sinalização eletrónica e de controlo de velocidade. «As intervenções foram concretizadas em abril último nos 38 quilómetros que ligam Castelo Branco a Vale de Prazeres e agora completadas nos 33 quilómetros entre Vale de Prazeres e a Covilhã», referiu a empresa responsável pela gestão e manutenção da rede ferroviária nacional.
Concluído este troço, falta agora retificar e eletrificar os 47 quilómetros de ligação para a Guarda. A circulação está suspensa neste troço desde Março de 2009, altura em que se iniciaram os trabalhos de melhoramento da via. Há, contudo, alguma incerteza quanto à concretização desta intervenção, uma vez que o anterior Governo de José Sócrates propôs à “troika” fechar definitivamente este ramal, entre outros, como forma de reduzir a despesa pública.
