A abertura do Colégio Internacional da Covilhã, a criar junto ao complexo desportivo da cidade, está prevista para o ano lectivo 2008/09, num investimento privado de 10 milhões de euros que vai criar 200 postos de trabalho. Esta nova escola está vocacionada para o ensino de qualidade e preparada para receber 800 alunos, entre a educação pré-escolar e o 12º ano.
As obras vão arrancar dentro de «dois ou três meses», assegurou António Calvete, presidente do Grupo Gestão de Participações Sociais (GPS), a empresa promotora, na semana passada, após a assinatura de um contrato ao abrigo do qual a Câmara da Covilhã cede um terreno de 15 mil metros quadrados para a instalação do edifício. As melhores previsões apontam para que os trabalhos estejam concluídos dentro de um ano, sendo objectivo dos promotores ter «50 a 60 alunos por cada ano de escolaridade», acrescentou o responsável. Para António Calvete, era «fundamental para o grupo ter uma unidade destas na Covilhã, fruto da massa crítica e do crescimento que a cidade tem a vários níveis», destacando a existência da UBI e do centro hospitalar. O responsável garantiu ainda que o CIC vai «primar pela educação de excelência», destacando-se por ser bilingue e apostar no desenvolvimento do aluno, «não só a nível intelectual, mas também das atitudes e dos valores». Por outro lado, Calvete sublinhou que o projecto da Covilhã destina-se a toda a Beira Interior. «Vamos abranger uma vasta área, porque há lacunas no ensino nos concelhos em redor», considerou.
Já Carlos Pinto, presidente da Câmara, mostrou-se satisfeito com o acordo, frisando que o projecto é de «grande importância» para a Covilhã, já que vai colocar o concelho «ao mesmo nível dos grandes centros urbanos, onde a diversificação da oferta educativa atinge parâmetros mais elevados». Com uma área de construção de cerca de 10 mil metros quadrados, o Colégio Internacional da Covilhã será formado por três blocos, ligados por áreas ajardinadas e corredores suspensos, com 20 a 30 salas, dois auditórios, laboratórios, uma área desportiva, entre outras valências. Por outro lado, a sua construção poderá resolver a falta de instalações adequadas para a Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI), até porque o projecto já contempla um espaço para esta estrutura, faltando acertar agora alguns pormenores. Entretanto, o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) já manifestou a sua preocupação com a criação do CIC. «Por que razão vai ser possível/desejável a criação deste estabelecimento de ensino privado numa localidade onde, manifestamente, não é necessário e onde a escola pública, globalmente, dá uma resposta adequada às necessidades educativas?», questiona em comunicado. O SPRC revela estar já a circular nas escolas da Covilhã um abaixo-assinado contra a instalação do CIC, cuja concretização poderá traduzir-se num «desperdício de recursos (humanos, físicos e financeiros) e em mais um atentado contra a Escola Pública», denuncia a estrutura sindical.