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Cloro em excesso na água da Guarda

Devido a uma anomalia no doseamento na Estação de Tratamento de Água do Caldeirão no domingo de Páscoa

O alerta chegou aos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) da Guarda na manhã de segunda-feira através da Gelgurte, cujo sistema de controlo de águas detectou níveis anormais de cloro na rede pública do município. A causa terá tido origem numa anomalia registada na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Caldeirão, na tarde de Domingo de Páscoa.

Assim que os teores elevados de cloro foram detectados, Vítor Santos, presidente do Conselho de Administração dos SMAS e vereador na autarquia, adianta que se tentou «normalizar os valores, através de descargas de água» em mais de uma dezena de bocas de incêndio espalhadas pela cidade, logo na segunda-feira. A responsabilidade pela falha foi assumida pela Águas do Zêzere e Côa (AdZC). Francisco Miguel, director de exploração da empresa multimunicipal de abastecimento, adianta que terá ocorrido «um problema no doseamento do cloro, devido a uma falha no equipamento». Contudo, ter-se-á tratado, segundo aquele responsável, «de uma situação pontual» e que foi «prontamente» solucionada pela AdZC e pelos SMAS. «A AdZC procedeu à limpeza dos seus sistemas e reservatórios», acrescentou Francisco Miguel. Para além disso, «o responsável de zona foi encarregue de elaborar uma análise da situação para se perceber o que, efectivamente, aconteceu», disse.

Em comunicado enviado às redacções, a AdZC refere que os teores de cloro, «acima dos habitualmente fornecidos, embora não ponham em causa a potabilidade da água abastecida às populações, originaram diversas reclamações dos consumidores quanto às características organolépticas da água». Ainda assim, Francisco Miguel sublinha que a AdZC vai «responsabilizar-se se houver algum tipo de dano». Quanto à Gelgurte, que deu o alerta, não precisou de suspender a laboração das suas linhas de produção de iogurtes, uma vez que possui reservas próprias de água que asseguraram a sua continuidade, já que as condições da água da rede pública naquela manhã não permitiam a utilização dos equipamentos da fábrica. Os níveis de cloro no abastecimento de água à cidade regressaram à normalidade, segundo a AdZC, «durante a manhã de terça-feira, enquanto que no restante concelho a situação foi reposta até ao final do dia», lê-se no comunicado.

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